Meu assunto de agora é a pescaria,
embora não a tenha praticado,
a paciência que tenho não daria
para encarar o seu ritual sagrado...
Mas me lembro que estava, um outro dia,
junto a um rio, num trecho assombrado,
onde um senhor pescava e me sorria,
e conversei com ele, lado a lado...
Conversa vai e vem, o pescador
abriu-me enfim a alma para expor
o que lhe ia no peito a palpitar:
“não importa se tem peixe ou não tem,
eu sempre vou dizer que pesquei bem,
o que importa é uma coisa só: pescar...”
09/2006
Página 2006-158 de “O Poeta Eletrônico”
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