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Cronicas-->Desastre total -- 01/04/2004 - 10:39 (sandra ethel kropp) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Frases prontas são como criança de seis anos vestida de mini-mulher: ideal para quem quer impressionar, ou achar que impressiona.
A realidade é completamente diferente. Somos estimulados a argumentar e improvisar constantemente, ou seja,nosso raciocionio e nossa fala não vem prontos.
São resultado de uma convergência entre o pensar, o sentir e o agir.
Por esse motivo, quando estamos sozinhos, a única opção que nos sobra é dividir nossos sentimentos e pensamentos conosco mesmos, ou registra-los para depois compartilharmos com os demais. É chato.
Muita gente fala que esse é um ponto complicado da solidão. Ir ao museu sozinho, admirar uma obra de arte e não ter um amigo, parceiro, etc para dividir os comentários, para expor uma critica, etc facilita que nossas opiniões se limitem à elas mesmas, na medida em que não há outra opinião para se agregar à ela.
A nossa opinião soma-se a ela mesma, e o resultado é o mesmo que quando adicionamos zero a um numero. O resultado é ele mesmo.
Há situações em que vamos a lugares sozinhos. É bom um pouco de espaço para que possamos refletir, ponderar e até rever nossas opiniões. Não gosto que isso seja regra, e sim a exceção. No momento em que há companhia para nossos passeios, visitas, viagens, etc, imaginamos como essa vivencia pode se enriquecer na medida em que dividimos nossos sentimentos, pensamentos, argumentamos, falamos.
Compartilhamos para agregar novos pontos de vista àqueles que já temos, para formar outros ou simplesmente rever os nossos.
Mas fundamental é que a companhia queira efetivamente compartilhar com você( e vice-versa), e não somente pegar carona porque assim não gastara a gasolina do carro dela(e vice-versa)
É legal que exista empatia e que também saiba compartilhar suas vivencias. Que saiba se expressar. Ou que na medida em que for estimulado, desate a falar.
O mais desagradável é quando vamos a um passeio em determinada companhia e ai vem a surpresa: ela quer impressionar com seu conhecimento pré - adquirido muitas vezes poucas horas antes de irmos ao museu, por exemplo. Desata a falar sobre determinada obra de todos os àngulos possíveis e imagináveis com frases decoradas e/ou prontas, parecendo tiro ao alvo, sem o mínimo sentimento verdadeiro em relação ao que está vendo. Antes mesmo de aprender, quer ser o professor.
De professores, já bastam os guias dos próprios museus. Eles têm a competência para guiar o trajeto da exposição. Pode ser até que suas frases sejas feitas - decoradas- para facilitar a organização das informações referentes à cada obra. Não para impressionar. Mesmo que a exposição a qual você foi seja sobre IMPRESSIONISMO.
Pode ser que seu amigo pensou que impressionando, você ficaria admirado de como ele entende de IMPRESSIONISMO. Pergunte a ele "O que é impressionismo?", e veja o que ele responde.
Assim saberá se vale a pena continuar compartilhando com ele(a) suas verdadeiras impressões, ou se nesse caso, a primeira impressão foi a que ficou: desastre total.
Se você identificou-se com o personagem( aquele que quer impressionar), não desista.
Todos ao longo da vida fazemos isso de vez em quando, e não é um desastre total?
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