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Cordel-->O GALO SOLITÁRIO QUASE FOI DEPENADO -- 10/10/2014 - 14:23 (pedro marcilio da silva leite) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O GALO SOLITÁRIO
QUASE FOI DEPENADO

Quando o galo apareceu
Causou muita admiração
Com uma bela penagem
Parecia até de televisão
Era galo de muita pose
Mas com muita decisão.

Os que passavam viam
No alto e empoleirado
Aquele atlético penoso
No galho já desfolhado
Entoando o seu cantar
Para quem já acordado

Preparava café matinal
Para os seus familiares
Onde uns iam trabalhar
Cedo com os bons ares
Ou quem fosse estudar
Pudesse não se atrasar
Nos deveres escolares.

Só desde que chegara
Numa época de frieza
Na manhã de inverno
Que a rua na tristeza
Por um país na “Copa”
Que perdeu a nobreza.

Passava o dia ciscando
Perto da árvore-poleiro
Que ficava na calçada
E que era seu terreiro
Entre as areias e barro
Deixadas por pedreiro.

Aquele era seu mundo
Que passava cantando
Com chuva ou com sol
E nos galhos saltitando
Parecia um passarinho
E com olhos cintilando.

Era um galo passarinho
Que a toda hora cantava
Era quando já anoitecia
E no galho se aboletava
E quando já amanhecia
Quando a nós acordava.

Também durante o dia
Estava sempre a cantar
E estufando o seu peito
Como se fosse estourar
Que vizinhos de longe
Já conseguiam escutar.

Era um sucesso o galo
Com todas as crianças
Trabalhadores e velhos
Que seu canto é lança
Impulsionando a vida
A uma nova esperança.

Até um lampejo fugaz
Foi tomado por alegria
E a rua ficou uma festa
Todo tempo e todo dia
E o galo no seu cantar
A enfeitou com poesia.

Mas alguém já percebia
Algo estranho no olhar
E quando surpreendido
Ás vezes parecia chorar
E a certeza veio na foto
Que permitiu fotografar.

Por não estar no seu lar
Disseram ser de tristeza
Uma vida daquele jeito
Era contra sua natureza
Poderia oferecer alegria
Mas sua noite era frieza.

Um dia o acontecimento
Mudando toda trajetória
Do nosso galo solitário
Num caminho de glória
Foi paquerar a cachorra
E quase acabar a estória.

Foi nas fraldas da manhã
Que esse fato aconteceu
Passado a cadela no cio
E da árvore logo desceu
Esqueceu-se de obsevar
Uma dupla que apareceu.

Eram os dois cães ferozes
E cara de poucos amigos
Que afugentava todos ali
E de muitas outras tribos
Famosos por serem bravo
E que só tinham inimigos.

Partiram com ferocidade
Para acabar com o penoso
Que lutava com a valentia
Mas era o esforço danoso
Pois cada cão só desejava
Demonstrar ser o perigoso.

Eram penas pra todo lado
Tal a surra que ele levava
Parecendo que iria morrer
Com a força das bocadas
Mas com muita habilidade
Daquelas bocas se livrava.

Até que avistado da janela
Por moradores acordados
Que vendo terror na cena
E ficaram bem assustados
Jogando pedras nos cães
Que fugiram escorraçados.

Após assistir nosso o galo
Com primeiros cuidados
Puseram ele numa caixa
O deixando até alimentado
Pra que o bom samaritano
Ficasse com ele guardado.

Havia receio que os cães
Voltassem para se vingar
Mas o comerciante local
Ao se dispor para ajudar
Com ajuda de sua esposa
Do galo tratou de cuidar.

Chamaram os veterinários
Com tratamento bem sério
Constando mais de carinho
Mais curativos e remédios
Logo deixaram o galo bom
Mas ele acabara com tédio.

Fora da rua e seu ambiente
O dia todo na caixa cantava
Mas era um cocoricó triste
Que o comerciante pensava
Resolver com a sua esposa
A solução de que precisava.

Passado alguns dias depois
O Galo viajou para Mauá
Foi morar com a cunhada
Que tem galinheiro por lá
E hoje cercado de frangas
O galo passa o dia a cantar.
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