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Contos-->Coisas de “pobre” – III – comida. -- 21/11/2005 - 14:49 (Marco Túlio de Souza) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Coisas de “pobre” – III – comida.

Uma vez fui trabalhar em um restaurante (estava desempregado) então arrumei um bico com um amigo meu. Pensei – o rango ta seguro, mesmo que ele não me pague nada, mas o almoço ta garantido, comida boa. Nos primeiros dias eu fiquei doido,com tanta comida diferente, pois pra quem estava vivendo, de comer cachorro quente, aquilo era o maior achado. No primeiro dia enchi o meu prato com carne de todo tipo, lasanha, fruta, ovo, batata cozida e um monte de coisas, o prato não estava cheio, estava transbordando. Eu tive dificuldade para me locomover, do fogão até a mesa. Comi igual a um doido. Intalei! Fiquei passando mal o dia inteiro, comi tudo. Depois de alguns dias sacie a minha fome e, maneirei, voltei a aprender comer.
Passei a observar como as pessoas comiam;
O dono – uma saladinha, um bife, pouco arroz e suco natural.
Os empregados – alguns enchiam o prato de tudo, o prato transbordava, dava para esconder atrás do prato. Senta e come com o garfo cheio e olhando se vai sair alguma coisa nova da cozinha.Tem aqueles, ganho pouco, mas também como muito. E, eu acho que ele não ta errado não, vai se saber qual será a sua próxima refeição? E se aquela for à única. Mas tem alguns que é por gula e falta de educação – come com os olhos – ainda mais se ele não precisar pagar. Um dia destes, minha prima me pediu para levar os meninos em BH para passear, topei na hora é a mesma coisa “que jogar o sapo nágua”. Lá fomos nós, shopping, zoológico, mercado central, passamos o dia numa boa. Minha prima, eu, mas três meninos e o motorista da firma dela (simples e calado). Hora do almoço, entramos num restaurante daqueles de beira de estrada, mas um restaurante legal comida boa, banheiro limpo, garçons e garçonetes atenciosos e educados.Comida e rodízio a quilo R$ 12,00.Ai eu percebi a fera que estava viajando conosco, o motorista era um canibal, ele foi caladinho pegou um prato e pos todos os tipos de carne, depois encheu o outro de feijão, arroz e salada de tudo, que ele encontrava, então, percebi que ele não era só um “canibal”, mas ele era “um mandruvá”, comia todo tipo de folha.Todos nós entregamos as notas, para a minha prima, pois ela era provedora – a minha conta – seis e pouco, com o suco – os três meninos – um pouco cara, mas menino é assim mesmo, enche o prato e não come nada – minha prima – não deve nem ter conta, come igual a um passarinho – saladinha, e suco natural, coisas de mulher, fica com fome, mas não pode engordar.
Quando a minha prima viu a conta do motorista, eu vi, que ela se assustou, fez aquela cara – porra, esse cara come pra caramba, eu fiquei curioso para ver a conta, e pedi para dar uma olhada, despistado é claro.Quando eu olhei a conta, tomei um susto. A conta R$ 25,00 reais, mais duas cocas de 600 ml. Eu, comecei a rir e disse – é compadre você vai morrer – e, ele me respondeu – to acostumado, deixa de ser bobo, hoje, eu não estou com tanta fome, se não ocê ia ver.
E, pensei – que, que isso o cara é uma draga.

Autor:Marco Túlio de Souza
Todos os direitos reservados ao autor.

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