João Faria e Mello, que conheci por aproximação expontânea há cerca de 5 anos e desde aí, sem esforço algum, estabelecemos uma franca amizade, é um poeta que não quer ser poeta. É ainda sobretudo um homem que procura a felicidade convencido de que é impossível alcançá-la. Diz-me que a felicidade é uma espécie de cabra-cega que nos toca e, logo que a tentamos reconhecer, de imediato se esgueira para as montanhas inacessíveis...
Quiçá um dia destes, se porventura se entusiasmar com as particularidades da Usina, o João venha a ser um empenhado Usineiro. Já lhe conheço o feitio: diz primeiro cinco vezes que vai fazer e, só quando se convence a si mesmo, então, à sexta é de vez e faz.
POESIA SEM POETA
António Torre da Guia |