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Cronicas-->Trem -- 26/03/2004 - 09:29 (sandra ethel kropp) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O movimento de um trem faz qualquer um parar. Admirar uma linda paisagem, no meio das montanhas, e ver uma rede de trilhos cortando o verde rumo a não sei onde nos faz imaginar. O que será que os vagões transportam? Para onde? Interrompemos nossos perdidos pensamentos pelo barulho mágico daquele trem, que atravessa as cores da natureza numa velocidade que conflita com aquela que a natureza nos convida a exercer.
O trem movimenta-se e nós, parados, o observamos, certos de que ele alcançara seu destino, e que nós continuaremos nosso passeio em meio ao verde que nos circunda.
Certamente encontraremos os trilhos mais adiante, numa pequena e bucólica cidade do interior, onde apenas o trem parece ter velocidade, de tão tranquilos que são os moradores que ali vivem.
Alias, nestes locais o trem é atração que leva para algum outro lugar. Lugar esse de diversão, de apreciação da natureza, em alguma estação pequena mas muito bem ajeitada, com aquele pitoresco café à beira das montanhas ou quem sabe um lago.
Nossa velocidade é imposta pelo movimento do trem, porque sabemos que tem destino certo, e que nós não perderemos nosso rumo, que até pode ser de trem, para outro lugar qualquer.
Isso é cenário de filme romàntico, mas pode ser realidade na vida de muitos de nós, que não conhecemos as redondezas em que vivemos.
Conhecemos sim a realidade dos trens urbanos, públicos, sem manutenção, que transportam muitos e muitos de nós com rumo certo, Deus queira, geralmente a rotina dura casa -trabalho e vice-versa.
Apertados em meio à multidão, agradecemos quando ao destino chegamos, porque disputamos o espaço com aqueles que colocam suas vidas em risco, surfando no trem ou aventurando-se.
Não observamos sequer aquele que está ao nosso lado, porque nossos olhos estão estáticos em direção à porta do trem, que rapidamente se abrira e muitos disputarão um mesmo lugar, se é que ele existe.
Cada um de nós está preocupado em chegar e usar o trem apenas como meio de transporte, porque nesse cenário assim ele o é. Não é uma beleza a observar, mas sim a beleza pouca que as vezes existe está do lado de fora, no caminho para os grandes centros, se é que pode ser vista, de tão sujas que estão as janelas.
Desejamos que o trem vá rápido, mas sabemos que a velocidade alta pode nos colocar em perigo. A velocidade de nosso coração impulsiona os nossos trilhos internos, e nos faz querer chegar mais rápido para assim estarmos seguros.
O trem tem ritmo. Aquele que corta a natureza toca seu som afinado. É a integração pura e plena do mundo moderno, da agilidade, com a natureza bela e plena.
O trem da cidade toca, mas desafinado. Serão necessárias horas e horas de ensaio e dedicação para alcançar a plenitude e a integração dos movimentos dos vagões e trilhos. Quando a orquestra da cidade acordar, poderá ser tarde. O trem pode já ter passado, e seus passageiros, apressados, ficarão a esperar o próximo trem. Que sabe lá quando vem. E novamente aparecerão lotados de gente.
Ter ritmo é querer andar em busca da própria satisfação em se movimentar. O movimento do trem pode apressar nossa vontade de querer andar mais rápido, quando percebemos que o movimento é liso. Embarcar com segurança para agilizarmos nossas vidas é maravilhoso. Mas um trem que se movimenta contrariamente a nossa segurança pode ser um sinal de alerta para pararmos. De andar de trem, e começar a andar de.....qual o transporte será melhor que ele no mundo de hoje? Mas, como diz o ditado: "sempre há uma luz no fim do túnel..", , algum meio de transporte encontraremos , mesmo que seja lá, bem lá, no fim do túnel.
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