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Contos-->Mal-amados e chatos. -- 14/11/2005 - 01:00 (Marco Túlio de Souza) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Mal-amados e chatos.

Um dia desses entrei em uma padaria e, sentei no balcão, como sempre pedi meu lanche.
Duas moças muito educadas e simples, me atenderam. Começamos a conversar sobre tudo; novela,futebol,mulher e um monte de bobagens.
De repente entra um playbyozinho (tipo Mauricinho – perfumado – carro mil – cabelo penteado) e, pede um toddy, mas não fala se é ele quer quente ou frio, então a moça traz o toddy , entrega para ele com toda educação.
O bonitão então fala – eu não pedi quente! – com aquele ar de indiferença.
A moça então pergunta – o senhor não falou, me desculpe.
A moça cabisbaixa então resolveu fazer outro toddy frio.
Enquanto isto, eu já estava ficando puto, pela arrogância do playboy.
A moça fez o toddy, trouxe e entregou ao sujeito com maior educação.
Ele olhou com aquela cara de “que moça burra” e, disse – bate no liquidificador!
Ela voltou com aquela cara tipo “seu babaca, você me paga”.
Olhei pra ela disse “é sim”.
Logo em seguida entra uma senhora “tipo sou pobre mais sou nobre”.
Pede três conchinhas de frango e, começa a conversar com o nobre playboy.
A moça traz as coxinhas, para a nobre senhora.
A dona come uma, e diz que vai devolver as outras, pois elas estão muito salgadas.
Eu me perguntei - tem coxinha doce?
Começa falar mal das duas moças com o playboy - o idiota começa a concordar com tudo.
Não agüento mais e chamo a balconista – deixa eu experimentar essa conchinha, dou uma mordida e, já emendo – ta boa, me dá duas!
Começo a falar alto com as moças – isso é coisa de gente acostumada a ser servida; toalha na porta, chinelo no banheiro, roupa lavada, comida na mesa e o pior é pobre!
A menina responde – rico não faz isso não.
Eu respondo – depende do rico.
Coisa de gente que nunca correu atrás.
Educação vem do berço.
Nunca morou em republica.
Nunca precisou dos outros.
Acham que as pessoas foram feitas para servir.
Acham que vocês duas são escravas.
Coisa de gente chata e mal-amada.
Nessa altura do campeonato - a senhora me olhou com aquela cara de “desdém” e deve ter pensado, é tudo igual.
E eu dei uma olhada pra ela tipo “sua chata, vai encher o saco do seu marido”.
O outro, me olhou e depois levantou daquele jeito “celular na mão, chave do carro, tipo sou rico”.
E eu dei aquela olhada pra ele “babaca”.
As moças com aquele olhar de “bem feito, seus chatos, sua bruxa”.
Eu continuei falando – esse povo nunca deve ter ficado desempregado, não são eles que tem trabalhar atrás de um balcão; agüentando gente chata e ganhar um salário mínimo.
Uma das moças esperou eles saírem e me disse – Graças a Deus!!!
Tem dias que a gente escuta cada coisa, mas fazer o que, a gente tem dois filhos pra tratar.
Autor: Marco Túlio de Souza
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