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Contos-->Coisas de "Pobre" - I - Pobre -- 13/11/2005 - 20:49 (Marco Túlio de Souza) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Coisas de "Pobre" - I - Pobre

Chega na casa da gente e, adivinhe aonde ele vai se sentar?
Lógico, que é no braço do sofá, ou então ele vai direto para o quarto e deita, se esparrama pela cama, ou senta na beirada do colchão e, haja colchão, pois o colchão vai ficando cada dia mais desbeiçado nas beiradas.
E, quando vai fazer excursão para praia...
Meu Deus é a maior piração – sempre é barata, diz que a casa é boa e, fica perto da praia.
O ônibus é “mais ou menos” ele não tem certeza.
Chega o ônibus... atrasado como sempre – lata velha, mas fazer o que, já paguei.
A bagagem – secador de cabelo – blusa de frio - cobertor – frango na marmita – biscoito polvilho e água.
Primeira parada – alguém pede para parar, pois o ônibus não tem banheiro, nisso um já desce pra fumar outro pra conversar – ficamos uma meia hora, ai, começa a gritaria – vão embora porra! – sobe todo mundo correndo e xingando “dá um tempo”!!!
E vamos embora, com barulho de biscoito polvilho.
Segunda parada – o lanche – o motorista desce, para na porta e, diz – 15 minutos, eu não vou esperar ninguém. Desce todo mundo correndo atropelando uns aos outros – todo mundo pro banheiro – as reclamações que o lanche é caro – o banheiro sujo – uma falação danada, “pobre em grupo”, não queiram ver. 15 minutos e ninguém arreda o pé – todo mundo pede misto quente e, os mistos não ficam prontos nunca, alguns desistem e engolem uma coxinha gordurosa. E, lá vamos nós – resmungando, rindo e xingando.
Enfim, chegamos, e o organizador da excursão fica do lado do motorista como se fosse um “cicerone”, vira ali, entra aqui, não é aqui, ta chegando, ainda falta muito, não falta pouco e, a praia cada vez mais longe, então o ônibus para – as pessoas que estão na rua levam, um susto, com aquele monte de cabeças nas janelas – xingando e, dizendo – não vai caber todo mundo, isso é sacanagem – daqui só da para ver a praia de binóculos – quero meu dinheiro de volta.
E não é, que coube todo mundo – uma zona danada – bebedeira e cantoria – os noivos em lua de mel já correm para o quarto de casal – os solteiros que se danem; colchonete perto da geladeira e, no corredor, roupa espalhada pra todo lado. Até ai tudo bem.
Depois, começa os planos – amanhã vou levantar cedo para fazer caminhada – horário pra almoço (macarrão com atum) – sempre tem aquelas senhoras que gostam de cozinhar. Isso tudo para ficar quatro dias.
E na hora de voltar – todo mundo com cara de peru assado, parece que nunca viram o sol – meninas reclamando que já estão descascando – vidros cheios de conchinhas – colarzinho de sementes – camisa com estampa do paraíso – meninos de camisetas regatas, óculos escuros – tem aqueles que voltam até puxando o “S”.

Autor: Marco Túlio de Souza
Todos os direitos reservados ao autor.
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