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Poesias-->O QUE SOMOS AFINAL? -- 03/12/2006 - 09:39 (Cícero Ferreira Matheus/Maceió-AL) |
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O QUE SOMOS AFINAL?
Somos repetidamente erros incalculáveis,
Somos cães esfomeados pelo lixo.
Somos uma grande soma de veneno
espalhados entre os espaços.
Somos fogo que queima sem piedade,
somos águas de enchentes que não param
de correr.
Somos tramas causadoras de mortes inocentes...
Somos vermes farejadores de dinheiro quando
perdemos a consciência e deixamos a ganância
assumir o nosso controle.
Somos uma gama de desordem que brincamos
de querer a ordem.
Somos mais poder centralizado do que unidades
prontas para distribuir.
Somos mais galhos de uma árvore do que a própria
raiz.
Somos uma podridão desenfreada que atropelamos quem está ao nosso lado, e somos mortes quando não deixamos outros nascerem.
Somos exorbitantes de desejos nefastos quando não permitimos que os outros realizem os seus sonhos.
Temos a consciência que somos alguma coisa e, ao mesmo tempo a perdemos e não somos nada.
O que somos afinal?
Quando a exacerbação está no ponto máximo, o pulso que ainda pulsa desaparece, vem o impulso. E o impulso não tem pulso.
E quando agimos pelo impulso somos mais monstros do que pessoa, mais erros do que acertos.
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