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cronicas-->AFETOS E LYA LUFT -- 25/03/2004 - 22:01 (Maria Luiza Kuhn) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Estou lendo o livro de Lya Luft, a escritora gaúcha que há algumas semanas está na relação dos livros mais vendidos do país. Li , arriscando um olhar crítico com a pretensão de entender o por quê do fenómeno literário. Jamais ousando duvidar do talento da escritora. O Livro Perdas e Ganhos é aquele texto que pensamos assim: Nossa! Era isso mesmo que eu queria dizer...No estilo de prosa é um livro recheado de histórias. E aí eu me convenço que pessoas gostam de histórias que são universais. Simples, cotidianas, obvias mas histórias onde nós, os comuns mortais nos sentimos identificados.. Fala de amores, de afetos, de filhos, família, das netas, das dúvidas existenciais e assim por diante.
Vale a pena ler.
Algo em especial me chama atenção. É onde ela escreve sobre o afeto..
Ah o afeto, esta benção humana.
É tão fácil. É de graça e enriquece. Aquece, enternece e suaviza.
Escreve Lia " um ambiente duro em casa não prepara para enfrentar a dureza da vida, como alguns preconizam. Ao contrário: para saber defender-se no terreno violento em que vivemos preciso ter uma sólida raiz de afetos....Os buracos no chão do nosso passado não são terem nos dados apenas dois pares de tênis e duas calças, nenhum dos brinquedos eletrónicos modernos, nem aulas de balé ou idiomas. As falhas do terreno onde vamos cair, quebrando coração e cara, são provocados por um ambiente hostil, pais despreparados ou infelizes. Mais danosos do que a pobreza, escola ruim,.roupa modesta, casa simples, bairro suburbano ou excesso de trabalho. O solo firme serão as relações amorosas Bom-humor e carinho. Interesse".
Nada mais obvio, mas quem de nós pratica o obvio e acredita nele?
Já que estou no terreno das citações, preciso falar que nesta mesma semana ouvia uma entrevista com outra escritora reconhecida Nélida Piñon que também afirmava: "Não abro mão dos meus afetos"
Dizia ela ao entrevistador que sua vida até mudara um pouco de status, com o reconhecimento público, mas os seus afetos lhe eram caros demais para mudar. Por isso achava um jeito de preservá-los e cultivá-los.
Será que este assunto está moderno e por isso tratado por pessoas públicas? Ou será que estas pessoas tem o privilegio de poder falar ao público verdades universais valendo-se do seu crédito como escritoras de sucesso?
Acredito que o assunto aflora pela refinada sensibilidade que estas pessoas desenvolveram e carregam consigo.
Ah o afeto esta benção humana.
Praticar o afeto é conta de multiplicar. A economia de afeto na conta bancária da vida é saldo negativo.
E o cotidiano, este vilão, está a espreita para nos cobrar dureza de decisões.
"Cuidado se você mostrar muito os dentes, tomam conta ..." Não é isso que ouvimos dos conselheiros de plantão ? Olhe bem para estes: Carregam eles o brilho no olhar que pode enfeitar o mundo? Tenho serias dúvidas. Acho que estão mais para céticos. Secos de alma
Temo que se eu afirmar que gosto de abraços, de dizer palavras verdadeiras e gentis, encorajar as pessoas a irem em frente,não temer em afirmar que gosto das pessoas, que me interesso pelos seus pequenos sonhos, muitos podem me chamar de louca mesmo. Ainda mais vindo de uma executiva, gerente, pessoa de resultados.
Temo que me chamem de louca, mas tenho cá minhas certezas :Uma coisa não exclui a outra e acho até que ando praticando muito pouco a minha capacidade afetiva.
Estava mesmo na hora de ler Lia Luft, Nélida Piñon e alguns poetas que andam engavetados na minha mesa de cabeceira. Sem contar que o livro da Lia foi um afetivo presente de uma especial amiga. Viva...
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