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Cordel-->BARBOZA LEITE NO RASTRO DOS QUADRINISTAS -- 05/08/2014 - 13:58 (pedro marcilio da silva leite) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos







BARBOZA LEITE
NO RASTRO DOS
QUADRINISTAS

E no papel a história começa
Entre retas e curvas precisas
Nem importando quem meça
Que sendo as linhas previstas
Ninguém esbarra nem tropeça
E nem tem as curvas perdidas.
Tem traços, espaços e cores
Quando há a disponibilidade
Na impressão dela se dispor
Para uma maior veracidade
Que necessária ao contador
Ao imprimir a sua verdade.

Às vezes até tem os ruídos
Os onomatopeicos kabruns
Como dos desenhos saído
Muitos Aíííííís e Vrunnnns
E dos sólidos para líquidos
O sempre singelo Catibum.

Nas cavernas só os rabiscos
Denunciavam os primeiros
Depois vieram outros riscos
Em quadrinhos derradeiros
E iluminuras de tema bíblico
Foi o seu começo verdadeiro.

Depois vieram os ilustradores
Com os trabalhos nos jornais
Nas revistas e em suplementos
Se portando mais que murais
Por ilustrar textos e estórias
Tão comuns quanto banais.

Reco-Reco, Bolão e Azeitona
Os heróis da revista Tico-Tico
Foram: ela, a primeira revista
E eles, os mocinhos no início
Que os quadrinhos brasileiro
Tiveram Luís Sá e seu risco.

E surgiram outras elas e eles
Como O Malho e O Sesinho
J. Carlos e o Angelo Agostini
Os precursores do quadrinho
Então já iniciando com força
Nos traços os seus caminhos.

Já pela década de cincoenta
Barboza Leite e o seu pincel
Sem receio de usar do novo
Provava também desse mel
Numa seara dos quadrinhos
Que começava pintar papel.
No jornal O Globo ilustrou
As estórias do conceituado
Novelista gringo Jim Bishop
Que foi logo já abrilhantado
Pelos traços firmes e suaves
Num cenário ora desenhado.

Como o de outro estrangeiro
O já badalado Igor Gousenko
Onde em A Queda de um Titã
Seu traço não perdeu tempo
Nas suaves e rijas pinceladas
Inquietava até pensamentos.

Na pista de um tesouro perdido
Da bela novela O Rei dos Rubis
Que um Joseph Kessel escreveu
Em sua pena outro logo surgiu
No contraste tenso que as linhas
Como tampa de cofre se abriu.

O frenesi de imagens e palavras
Estabelecia com todos os leitores
A empatia de sons inimagináveis
Que as letras sugeriam os valores
Que os desenhos logo ratificavam
Pelos traços como por suas cores.

Na revista que marcou época
Na arte dos nossos quadrinhos
O Sesinho foi um dos marcos
Num tempo que os baixinhos
Não eram ligados nos tablets
E curtiam seus quadradinhos.

Com Roteiro das Esmeraldas
Barboza deixa sua assinatura
Nessa expressão de uma arte
Que desenhando a literatura
Faz de certa forma sua parte
Num jeito novo dessa cultura.

Como uma pequena iniciação
Que era mais que a promessa
De quem ficara até fascinado
Mas com calma e sem pressa
Ilustra as crônicas no Globo
Da bela cronista Elsie Lessa.

Em sua coluna Globetrotter
Talvez a mais antiga do jornal
As crônicas pareciam um diário
E sua percepção era tão atual
Que a comunhão com Barboza
Resultou em uma coluna legal.

Como o nosso Thiago de Melo
Na sua Contra Ponto em ação
Com as notícias de um país
Que nem carece atualização
E o Barboza também traçou
Com competência e precisão.

Foi em uma infinidade de tiras
Que Barboza deixou os traços
De uma sensibilidade artística
Bem focada num vivido espaço
Que se expandiu numa cultura
Tão bem calcada em seu rastro.
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