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Poesias-->Vá Em Frente: Faça O Seu Caminho -- 27/11/2006 - 10:07 (Sereno Hopefaith) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Número do Registro de Direito Autoral:130952238042292400
VÁ EM FRENTE, FAÇA O SEU CAMINHO



Eu penso uma geração

Dona de seus destinos

Que saia da saia justa

Desse diálogo de mudos

Desse discurso de surdos

Que ponha fim ao capitalismo

Antes que este ponha fim em tudo



Eu penso uma geração

Com coragem mínima

Para pensar

Que dentro de suas ogivas

(família, escola, sala de jantar)

Terão por futuro ser apenas

Bucha para canhão

Ferro velho, munição nuclear



Eu imagino uma menina

Na estrada e um menino

(um casal de adolescentes)

Desejando adolescer

Afastando-se da possibilidade

De vender a alma ao diabo

Seus corações a pulsar

Nos passos a trilhar o caminho

De uma vida livre inventar



Eu imagino uma utopia

Fazendo-se realidade

Uma geração a se distanciar

Das rotinas gagás da cidade

Em busca de uma palavra

De um som, de um sonho

Que se afirme na conquista

Da liberdade



Não há nada mais que o medo

A vencer nessa cidade

O aprendizado do obsoleto

Dentro da universidade



Professores, ensinem-se a si mesmos

Uma palavra de verdade

Não queiram ensinar a viver

Uma vida que vocês não sabem

Uma vida que não faz parte

Da matéria-prima de sua limitada

Experiência de cidadão da cidade



Adolescentes, valorizem esse equador celeste

De seu mundo sejam o centro, o vinco

Só vocês conseguirão adestrarem-se

Aprendam a aprender

Na escola do aprendizado

Que há na gramática normativa?

Matemática do 2 + 2 (= 5)

Salas de aula ensinando

A comer feijão com arroz



Seja realmente jovem

Na estrada crie um modelo

De viver com dignidade

Adestre-se em seus próprios passos

À distância da poluída cidade

Vê-la com um olhar novo, criativo

De quem fala a própria linguagem



Sem o verbo saído de suas entranhas

Vocês serão sempre apenas nada

Espectadores da propaganda aziaga

Não terão o vento enquanto aliado

Nem saberão ouvir a aragem

A juventude será apenas uma lógica vaga

(a idade cronológica da sacanagem)

Não sonhe os sonhos das gerações

Passadas. Nem fique a repetir

Como um papagaio de pirata

A maldita tabuada do capitalismo selvagem



Sem que vocês criem sua própria linguagem

(que a academia não ensina)

Serão seres eternamente perdidos

Marionetizados por um passado infame

O presente inexistente, perdido

Fazendo temporadas no spa

Dando um tempo no tira-gosto salame

Viverão um futuro covarde, uma vida aflita

Seus filhos serão ensinados a matar

E vocês não poderão fazer nada

Plugados que estarão no regime

Para diminuir a banha da barriga

Se não aprenderam a falar

A criar sua própria linguagem

Passarão a juventude e a vida

Em busca do tempo perdido

No sofá da sala de jantar





Pense na possibilidade

De por na mochila alguns livros

E criar sua própria gênese

Ou a juventude passará à-toa

Você será apenas

Um n° insignificante

Nas pesquisas de opinião

Mais um consumidor

Para o centro do mundo

Devorador do senhor Mercado

E você não poderá, depois

(depois é depois)

Viver mais nada

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