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Contos-->< Saveiro salva-vidas do amor possível > -- 03/11/2005 - 05:26 (Valdea Sianna) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Conta-se que Deus providenciou uma revolução na cidade de Saveiros, esta para melhor atender a seus fiéis moradores e visitantes. Visto que a crise é a remissão da nossa própria sorte.
Em plena estação de verão a cidade de Saveiro estava chovendo a cântaros e sem parar tornou-se uma cidade fria, porém aconchegante para os que assim quisessem fazer de seu clima um romântico prazer.
Os visitantes estranhavam tal clima, por ser uma cidade de veraneio todo o ano.
Foi assim que tudo começou...
Um diálogo sem propósito aparente deu início a uma pequena discussão e pela providência divina desencadeou-se numa solução...
Vamos aos fatos:
Ela – Aqui está tão frio. Eu pensei que encontraríamos um tremendo calor, pois dizem que nesta época do ano é sol o tempo todo, não estamos com muita sorte.
Ele – Bem, se você pensar assim esta viagem será um horror acho bom começar a se adaptar com o “clima de férias” e não deixar que nada perturbe nossa felicidade.
Ela – Felicidade?! Como felicidade se você veio a trabalho e eu tenho que ficar o tempo todo, aqui, trancada neste hotel?
Ele – Será que tudo o que eu faço você recrimina. Eu pensei que podíamos sair à noite, ficarmos juntos esses dias, pois muito me entristece à sua ausência.
Ela – É. Você tem razão não vou mais reclamar. O problema sou eu mesma, que ao invés de sentir-me feliz com o seu convite divido com você o meu mal-humor. Perdoe-me, querido!
Ele – Minha querida, quantas vezes tenho que dizer para você que o seu estado de ânimo é doentio e que precisa se cuidar. Se eu não acreditasse nisso e não fosse tão paciente, já teria me separado de você faz tempo.
Ela – Você tem razão, novamente. Amanhã vou procurar um médico. Meu plano de saúde tem cobertura nacional e não deve ser difícil encontrar um Médico que dê um diagnóstico prudente.
Logo pela manhã as providências foram tomadas, e seguiram como sempre faziam os casais nos seus costumeiros excessos de zelo pela saúde e afazeres afins.
Na cidade só existia um único médico e este prontamente se interessou no diagnóstico da paciente, porque o mal-humor predominante era “falta de amor”, mediante as respostas dadas ao questionamento do doutor verificou-se que: não bastava atenções; cordialidades e surpresas cheias de presentes; viagens; cheques assinados sem limite em aberto; cartão de crédito à disposição sem limite de saques; essas coisas tão indispensáveis para alguns e tão supérfluas para outros, mas o que realmente valia e precisava era de ternura; amor; emoção na união; corações batendo forte pelo mesmo interesse; nas horas que estivessem juntos trocassem carícias; cumplicidade e discutissem anseios e desejos comuns. E concluiu-se que seu adorado marido, não era desejado como deveria ser pelo simples fato que ele estava se anulando “quase que morrendo aos poucos também, pela falta de amor entre os dois, muito comum nos dias de hoje, falta tempo, pela correria destrambelhada para que tudo dê certo e saia muito bem, pensa-se em tudo, menos no fortalecimento do amor. Este fica entregue as horas disponíveis, ao deitar e com tantos afazeres no dia seguinte, torna-se fatigante pensar no amor como deveriam viver. Refletir sobre os sentimentos não “ganha tempo e tempo é dinheiro”, estamos num mundo materialista para quem quer, pois o nosso bem-estar requer mais do que isso, já é hora de pararmos para uma feliz reflexão: O que levamos desse mundo? Se não pararmos agora, poderá ser tarde demais, pois o tempo não pára e se o amor fenecer pode ser para sempre.
Esta é a receita que muitas pessoas precisam e é tão fácil, nem custa tanto, mas tão raro que para se ter é preciso primeiro “quase morrer por falta de amor” sem saber como se curar dessa terrível dor, porque mesmo a dois sentem solidão. Mediante o quadro que se formava com muita rapidez necessitando de atendimento eficaz e urgente, considerando casos e casos o médico local, passou a tratar seus pacientes com doses “providenciais de amor”, emergindo-o dos corações ainda embrutecidos por não saberem amar. E nestas condições Saveiro salvava vidas de amores possíveis. Enchendo os corações com sentimentos de ternura; emoção; cumplicidade nos anseios e desejos comuns; muito carinho, cuidado e atenção para não cometerem os mínimos deslizes; deslizes tão freqüentes nos dias de hoje: Falar em voz alta sem respeitar a sensibilidade do seu parceiro/a; colocar sempre em primeiro plano os afazeres sem reservar um tempo para o prazer a dois; são deslizes que não devem ser cometidos. Os sinais de alerta sem omissão e anulação de si mesmo são vistos quando com boa vontade e desejo de acertar e se curar da falta de amor. Amar é tão simples quanto o ar que respiramos, mas precisamos do outro para fazer emergir esse ar de nossos corações. O homem sadio tem gestos cavalheiros como outrora eram dedicados a mulher e esta de prontidão remete-os delicados gestos em contrapartida sendo cúmplices do amor verdadeiro.

>>> F I M <<<

gABRIELAgABI, a contista de < cONTOs E eNCANTOs MiL... > www.orkut.com
Leia, também, em Cartas < Quem é gABRIELAgABI? > (03.11.2005)
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