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Contos-->O TEMPLO - Parte I -- 02/11/2005 - 11:13 (Luiz Antonio Perilo Velloso) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Vou propor a você a leitura de um texto. O objetivo é que você forme imagens enquanto faz a leitura. Tente "viajar"pelo texto. Depois de lido, tente imaginar-se como personagem da viagem. Explore suas emoções. Avalie suas sensações, tente novamente. Se quiser ( e agradecerei por isto) , mande-me seus comentários, como se deu sua experiência. Na próxima semana, voltarei ao texto, com a minha versão. Boa viagem!

Um enorme pássaro prateado transportou-me para uma terra muito distante. Ao desembarcar, senti um calor muito forte. Apesar do céu claro, nuvens negras espalhavam-se à altura do chão. Os nativos eram tantos que mal dava para identificar um dos outros. Parecia, até, que todos tinham a mesma fisionomia. No seu movimentar, mais pareciam formigas apressadas em armazenar alimentos.

Realmente, era um lugar muito estranho, bizarro. As pessoas habitavam pequenas gaiolas que se amontoavam uma sobre as outras. Alguma força desconhecida parecia equilibrá-las, tal a altura que alcançavam. Por todos os lados via-se enormes e horríveis animais que rugiam alto.Seus olhos ficavam a altura das patas e eram bastante rápidos. Tinham cores diferentes, mas diferiam pouco no formato. Apesar da aparência assustadora, os nativos não demonstravam qualquer temor a eles. Muitos até se acomodavam em seu dorso. O barulho era ensurdecedor.
Já escurecia quando fui levado a assistir um ritual que se repetia a cada semana. E, assim, cheguei ao TEMPLO.

O templo tinha a forma arredondada. De fora, parecia-se com um anel todo raiado. Tinha aproximadamente trinta metros de altura. O acesso ao seu interior era feito através de duas rampas muito largas que pareciam soltas no ar. No seu interior, a multidão lotava os cinquenta degraus em curva. Acredito que toda a população estava no Templo.
Muitas inscrições em formas, cores e tamanhos diferentes, cada uma trazia o nome de um deus. O altar ficava abaixo dos degraus. Era coberto de vegetação muito verde e rasteira. O local das oferendas era demarcado por um curioso emaranhado de linhas geométricas. Deveria ter uns duzentos metros de comprimento por outros cem de largura.

Apesar de não haver nenhum sinal de chuva, milhares de raios e trovões cobriam o céu. Dezenas de luas impediam a chegada da noite O Templo era mais claro do que a luz de dois sóis juntos.

Tres sacerdotes paramentados de negro adentraram ao altar. Um deles, que parecia ser o sacerdaote-mor, trazia consigo um tótem. Os dois outros acenavam panos coloridos para a multidão. A seguir entraram, em fila, as vítimas do sacrifício. Eram homens ainda jovens, aparentemente sadios. Não demonstravam qualquer temor. Deveriam ser em número de trinta, aproximadamente.
O sacerdote-mor postou-se ao centro do altar e deu início ao ritual, levantando o tótem à altura da sua cabeça. A multidão, que até então se mantivera em silêncio, manifestava-se com gritos incompreensíveis e com uma dança ritual.
Por mais que me esforçasse, não conseguia entender o sentido do ritual. O tótem, que antes parecia objeto de veneração, era arremessado pelos jovens para todos os lados. A cada movimento a multidão mais se empolgava, parcia estar em êxtase.Pediam sangue, mas não havia sangue no altar. Todos corriam pelo altar, em todas as direções. Ao que parece, queriam e disputavam o tótem, que, estranhamente, não ficava com nenhum deles. Alguns se feriam no afã de tocar o tótem. Quando isso ocorria, o ferido era levado para um estreito tunel localizado em um dos cantos do altar que, acredito, ser o local da imolação.

O ritual durou cerca de duas horas. Ao final, o sacerdote-mor novamente segurou o tótem à altura da cabeça, mostrou-o à multidão que, numa reverência final, saudou-o com diversos cânticos.
A multidão ràpidamente esvaziou o templo. Só então, compreendi o significado do ritual. Tão logo encerrado o sacrifício, as luas desapareceram do Templo. Os deuses tinham atendido ao sacrifício e a noite, finalmente, pode chegar.

Novamente aquela ave enorme trouxe-me de volta à minha terra. Aqui temos o dia e a noite também. Os deuses são bons para o nosso povo. Não precisamos de sacrifícios para obtê-los. O povo daquela terra estranha deve desagradar muito aos deuses. Nunca mais quero estar lá.

Bem, boa semana e boa viagem pelo texto. Escreva-me. Na semana que vem contarei como foi a minha viagem.

Leia mais em www.viversemmedo.com.br



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