Caros amigos, o Brasil está vivenciando um momento ímpar em sua história. Este não é apenas um processo de sucessão presidencial em andamento, como tantos outros já vividos pelo nosso povo.
O mundo está experimentando uma nova conjuntura, onde a supremacia dos Estados Unidos é incontestável. Na ausência de uma superpotência antagônica, os Estados Unidos, assumiram o controle global, ditando normas, rejeitando tratados e convenções que não se coadunem com os parâmetros estabelecidos pela sua administração e seus interesses.
O processo eleitoral brasileiro interessa sobre maneira à administração Bush, que vê na ascensão de Lula , uma ameaça aos interesses nacionais americanos.
Incomoda aos Estados Unidos as idéias nacionalistas de Lula, que promete incentivar a indústria brasileira para um avanço tecnológico, visando competir com os maiores fabricantes internacionais da indústria aeronáutica, através de apoio à Embraer, em convênios com outros parceiros, como a França e não com os Estados Unidos.
O Jornal Washington Post, neste fim de semana, publicou matéria, onde deixa bem clara essa preocupação por parte dos americanos. No artigo, eles chamam o candidato Lula, de “Barítono barbudo atarracado”. Preocupa aos americanos a possibilidade do Brasil desafiar o acordo de “livre” comércio, Alça, e também no campo da tecnologia militar.
Em tempos de Globalização, os Estados Unidos não querem nem pensar em qualquer tipo de concorrência.
A recusa do Brasil na cessão da utilização da Base Aérea de Alcântara é assunto extremamente incomodo e melindroso. A palavra de ordem é: adesão irrestrita aos interesses da América, sob pena de sermos incluídos na lista de países pertencente ao “Eixo do Mal”.
A ONU no momento é apenas uma peça decorativa, sem autonomia, que tem de se render aos caprichos de George Bush, ou então, simplesmente, ser ignorada, juntamente com as suas resoluções.
O que não pode deixar de ser compreendido por nós, brasileiros, é que os Estados Unidos, são um povo completamente diferente dos brasileiros. Os seus valores em nada se parecem com os nossos, que no momento também carecem de profunda reformulação.
Os americanos são por formação, um povo guerreiro, belicoso, em permanente campanha de guerra, com os símbolos nacionais sendo usados de maneira a despertar em seus habitantes aquele sentimento de prepotência, superioridade e invencibilidade. A guerra faz parte do seu cotidiano. Em nome da tão propalada manutenção da paz mundial, da qual se arvoraram a guardiões, sem a devida autorização, os americanos interferem em qualquer país cujo governo não se alinhe aos seus interesses, promovendo turbulências, instabilidades políticas e econômicas e até mesmo intervenções militares, destituindo e colocando um governante partidário.
O conceito de Paz mundial, em voga, significa um mundo inteiramente manipulado pelos Estados Unidos, sem a menos chance de outros países se desenvolverem substancialmente, de forma independente.
Em virtude desse quadro, a vitória de Luiz Inácio da Silva, o Lula, será motivo de profundo mal-estar para os interesses americanos, que querem nos subjugar até a última instância.
Cabe a nós portanto, cidadãos conscientes, optarmos por nossa autonomia política ou deixarmos que nossos interesses sejam sufocados por outros que sabidamente não atendem aos nossos anseios nem aos de nossos filhos que receberão de nossas mãos um Brasil totalmente desfigurado e sem personalidade política própria.
Maurílio Silva- silmaster@yahoo.com.br
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