Usina de Letras
Usina de Letras
127 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62182 )

Cartas ( 21334)

Contos (13260)

Cordel (10449)

Cronicas (22532)

Discursos (3238)

Ensaios - (10351)

Erótico (13567)

Frases (50584)

Humor (20028)

Infantil (5425)

Infanto Juvenil (4757)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140793)

Redação (3302)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1959)

Textos Religiosos/Sermões (6184)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Contos-->Valdumiro, O Nudista -- 22/10/2005 - 22:58 (wagner araujo da silva) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Valdumiro, O Nudista – 21.Outubro.05 – 12:51

Valdumiro não tomava jeito. Sempre disposto a novas aventuras, cismou dessa vez que queria ir à uma praia de nudismo. Curiosidade, rebeldia ou tara, nem ele sabia.
A praia era, na verdade, um local afastado e de difícil acesso, longe de ser aquelas praias de naturismo respeitadas e freqüentadas apenas por famílias.
Lá chegando foi tirando toda a sua roupa ao contrário da noiva Vandréia que alegou dor de cabeça e preferiu ficar no carro. Saiu Valdumiro então para curtir o mar, a brisa, a maresia ou qualquer outra coisa que desejasse.
Começou a andar , mas como ninguém via, resolveu ir mais longe.
Após muito caminhar por escaldantes areias viu a primeira mulher nua. Fechou um zóio, pôs a língua pra fora, no cantinho da boca, e fez os cálculos... Dez arrobas. Diante de tanta pelanca lembrou-se do açougue do Seu Manoel e continuou e andar.
A segunda mulher tinha uma estranha cordinha pendurada entre as pernas. Como nunca tinha visto um absorvente interno saiu correndo pensando que era um pavio. Vai que era uma mulher bomba.
Mais alguns metros à frente encontrou um crioulo com um dote respeitável. Benzeu-se e sartou de banda. Detestava chouriço.
Pouco depois viu uma velhinha com os peitos lá umbigo e a bunda batendo quase no calcanhar. Achou uma indecência e se perguntou se aquela velha não tinha vergonha, como se ele próprio fosse o ícone da decência e do puritanismo.
Mais nada, praia deserta por centenas de metros. Até que encontrou uma bela loira. Fenomenal, perturbadora. Deu bom dia, mas a resposta com a voz grossa acrescida de um gogó proeminente e pés gigantescos não deixavam dúvidas de que se tratava de um travesti operado. Teve vontade de entrar em um buraco junto com um siri ao perceber que o traveco olhava pra trás e sorria pra ele. Teve ânsia de vômito.
Seguiu em sua peregrinação libidinosa até ver várias crianças brincando nuas. Como não era pervertido a tal ponto, passou direto sem olhar. Afinal, crianças puras tocadas não devem ser.
Olhou para o mar e dele viu um casal saindo abraçadinho. Pela alegria da moça e pela boca de Sapo Caco do homem, o amor fluíra na água.
Outra senhora dormia na areia. Pela quantidade de areia, não sabia se estava diante de um croquete ou um bife à milanesa. No entanto, a visão lhe fez perder a fome que aumentara devido à exaustiva caminhada.
Onde estariam aquelas beldades que tanto lhe disseram era tudo o que Valdumiro se perguntava. Continuou caminhando, já com a língua pendendo da boca. Não agüentava mais, ia voltar.
O sol escaldava sua cabeça. Gotículas de suor afloravam em sua fronte. Pensou que fosse desmaiar. Andara léguas por nada.
Então, atrás de uma moita viu uma bela silhueta. Foi devagarinho e locupletando sua libido a cada passo com a visão. Era uma jovem com o corpo bem definido e Valdumiro logo começou a salivar. Percebeu que mais alguém estava com ela. Notou que fornicavam. Observou tudo. Até que no momento do êxtase a moça levantou a cabeça. Era sua noiva Vandréia.
Em um misto de decepção, tristeza e incorfomismo percebeu então que a fidelidade, mesmo em pensamento, não apenas é bem-vinda, é uma obrigação.

Wagner -
Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui