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Poesias-->Admirável Mundo Morto -- 04/11/2006 - 11:59 (Sereno Hopefaith) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Número do Registro de Direito Autoral:130952237172738700
“Irmão poderia chamar-lhe.

Mas irmão por quê?

A vida nova se nutre

De outros sais que não sabemos.”

(Drummond)



É divertido descobrir os pais. O país

Fácil brincar, mas cansativo

Fútil raça raiz

(forró, futebol, micarina,

alienação, insegurança e tv)

Delírio de memória

Fantasmas coletivos afins

De emergir no agora

Vidas de ontem

À base de coca

Nostalgia, passado

Bioenergia presente

Antanho, longínquo tempo

Dos descendentes cromagnon

Sorrisos idos, emoções ausentes

Não mais verbos

Nem meias palavras

Felizmente não mais História

As canções de ninar

São via vídeo, tv, personagens

Entre uma e outra mercadoria imóvel e semovente

Para todo mundo ver e comprar

No intervalo comercial

O prêmio Nobel

E o professor Pardal, presentes

Na sala de jantar

Da terra à terra

Do pó ao pó, ciência pura, medida por medida

Ancho conforto, aplicado à sepultura

Da poltrona do “deixa estar”

Pessoas sem fabulação, sem vida própria

Sem mitologia pessoal, exceto à dos terreiros

De sábado à sexta

A mente coletiva, monitorada pela te-vê

Te-condiciona, te-faz-a-cabeça

Qualquer dia o frio mármore

A antena crucifixo

Fixa no silêncio de cimento dos edifícios

Implacável tempo. Poeira de gentes.

Pentelhando os derradeiros detalhes

Nos cabelos argenteados

A propriedade última do existir

Couraças de caráter feitas de argamassa

Portas estritamente fechadas

Mausoléus, propriedades

Bundas fixas nas poltronas

Na vaidade, na insegurança e no medo

Conta-gotas de cifrão

Pingam na mão

Do controle remoto da tv

Ávidos investidores de bugigangas

Rufiões de vermes

Corpos aderindo à fome voraz da necrópole

Internética: Os juizes, os jurados, os réus

A voracidade insaciável dos advogados do diabo

Boa parte do judiciário e suas evasivas de papel

Suas contas milionárias

Suas sentenças pagas pelas verdinhas

Caindo aos milhões das nuvens branquinhas

Do céu do narcotráfico

Matéria em transfusão, corpos nus

A corrente sangüínea

De seu Zé de Quinca

Fundindo-se à apatia dos tapurus

Sangue gélido da terra

Porvir imediato

Participação na realidade virtual

Do programa do Rato

Decomposição pessoal, social, instintiva

Metáforas. Moléculas inconsistentes

Futuro impossível, impassível, inexistente

Passado, presente porvir

Vã, inominável matéria, inaudita agonia

Parte dependente do Fantástico

De outros programas clássicos

Que o gramofone e as antenas parabólicas

Do Inconsciente coletivo propagou

Necessário estar desperto

Todo tempo, todo espaço, todo sempre

70, 80, 90, 99%

Com primazia de você

Novo tempo: Admirável Mundo Novo:

Táticas de sigilo, obstrução das mensagens

Técnicas de estilo, óbice

Das relações internacionais

Pela força bruta cromagnon

A guerra como a forma mais

Suave de diplomacia

Uso da força e da violência

Como o exemplo máximo

Da patologia dos líderes

De uma nação eleita a grande potência

Na disseminação do terror institucional

A ONU humilhada pela serpente monetária

Que faz prevalecer via força bruta

Sua vontade de dominação, e basta:

Países invadidos, como Hitler invadiria

Em nome de poucos interesses privados

Palavras armadas pela trama insana

Da patologia do grande capital

Que não quer paz social, dignidade pessoal

Seu interesse está em manter

As técnicas ilusórias da propaganda

Inibir a lealdade do sentimento oceânico

Em prol da paz. A humanidade gira em torno

Da tagarelice política para as câmaras de tv

Enquanto nas mesas redondas do poder

Conquistam o espaço e as cidades fedem

Nas fronteiras movediças de violência

A educação, a cultura, a saúde, os corações

O rei e a população de Nínive estão surdos

E as mentes sucateadas como coisas

O tvespectador permanece sentado, sem ação

Vendo seus interesses, via tv e companhia

Serem boicotados pela “elite” do Senado

Que o considera mera mercadoria

É preciso oxigenar a sala de jantar

Liberdade é trabalhar uma cultura livre

Dos interesses do mal universal globalizado

Novo tempo: Admirável Mundo Novo

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