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Poesias-->Um Astronauta Quero Ser. Um Cosmonauta, Pra quê? -- 03/11/2006 - 01:24 (Sereno Hopefaith) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Número do Registro de Direito Autoral:130952236978401300
“Mesmo os vagabundos me desprezam.

Se me afasto murmuram contra mim.”

(Do Livro de Jó)



Do espaço transado

Espaço transiberiano

Da estrada à urbe, úbere

Em violência, entorpecentes

Tráfico de influências

Farto é o leite da frega

A lua oferecida como um frete ignóbil



Ficou no rastro muito de sangue

Para que os milicos do “tempo em si”

Hospedem além gravidade

O diminuto símbolo cromagnon da “nave em si”



A NASA impulsiona satélites

Para sair da galáxia

Em busca de conhecimento

Da tecnologia, a glória

Faz que ignora que as cidades estão cheias

De mães Marias e Zés Ninguém

Pais de uma geração sem pai nem mãe

A agir e a reagir na contramão da história



Planejam colonizar a Lua

Dar pulinhos em Marte

Cá embaixo ficam os saqueados

De prontidão

Os desassalariados, os párias

Os 100 teto, os 100 emprego, 100 saúde

Sem escolas, sem esperança, sem segurança

E o aumento inflacionário do medo em ação

As “elites” e suas “cortes”

As classes médias, centuriãs da corrupção

“The hell in the Eart”



Enquanto o vídeo da tv da ratazana dos Zé Manéss

Transforma os mitos em deuses

A mando daqueles aqui fincados

No dogma econômico, político e de fé

Desejam colonizar outros planetas

A partir de uma cultura gerida pelo capeta

Voas alto, padecem os que te vêem subir

Voas longe, os necessitados do mundo

Pagam a conta da miséria e da fome, por ti



Enquanto a lógica do mito vai e vem contigo

Jogam ratazanas na tv da sala de jantar

A propósito de divertir



Na cidade armada

Qualquer símio sapiens sádico

Explora a criança abandonada

Aceita a chupeta eletrônica

De monóxido de carbono

Para que todos permaneçam carneiros

Sabendo muito pouco deles mesmos

E menos ainda de ti



Pairas distante, além gravidade

Aqui, os políticos da globalização

USAm imagens de tv

Para reforçarem o próprio poder

Falando dos direitos humanos

Enquanto teoria



Fica mais forte o rei no trono

Os carneirinhos mais dóceis ficam

Nas mãos sujas de seus vassalos políticos



Quantos cadáveres fizeram hoje

No Iraque, no Brasil, na Argentina

Os que te financiam a ida

Para que prospere mais mil vezes

A prostituição das meninas

Suas indústriass bélicas

Igrejas e sinagogas?



Nos organismos internacionais de seus direitos

Regem mansamente, confraternizam-se

Substituíram a Guerra-Fria entre nações

Pela Guerra-Fria entre irmãos

Na sala de jantar não há mais direitos

Nem cidadania



Lobotizam a propósito de educar

Transformam projetos humanos em feras

Aumentam a quantidade de nascimentos

Para que as manadas de alcoviteiros silenciosos

Da tv, fiquem ligados no traseiro

Da garota internética



O urbanóide distanciado

Do realismo da Terra fica

Mais fácil sepultá-lo nela



Que sabem do homem, “eles”?

Os patriarcas de carbono do FMI

Que lançam no mar ou queimam

O “excesso” de comida

Enquanto a fome prossegue fazendo sangrar

Os dominados pela carência de pão e justiça



O direito e império medas

Desculpe o leitor o eufemismo

Às vésperas de 2010 se expandem



Estranha lógica:

Dois ou três têm o Cosmo. Ao redor

As pessoas da sala de jantar têm a lama



Sobe nave espacial

Desce “sky-lab”

Sobe astronauta

Pingue-pongue



Cá embaixo se faz a história

Do poder econômico real

Da neurose das pessoas

Do dólar, do euro

Dos 30 dinheiros do

“Homo sapiens sádico neandhertal”

Do limiar do século XXI



Terra

As estrelas brilham

Infinitamente indiferentes a ti



Astronauta

Lê as estatísticas do horror

Afim de melhor conhecer o caráter

Dos que te lançam além aeropausa



Por que zelas com avidez por teu pó?

Esperas fazer inimigos lá?

Que seres vais encontrar?

Quantos medos te impulsionam

E te conduzem a querer ficar tão só?

Partir em direção algures?

Estás sempre a fugir de Nínive?



Tens vergonha da timidez

De ser demasiado ansioso e vago?

Do zelo demasiado pela neurose

Quando estás na sala

Comendo pipoca

Em companhia dos ácaros?

Ao dirigir teu automotor

Quando parado no semáforo?



Eles, teus medos, são os mesmos que fizeram explodir

O “napalm” na superfície da Terra

Após cremar 200 mil seres humanos de uma vez

Em Hiroshima e Nagasaki

Quantos sacrifícios humanos ainda vai exigir teu Deus?

Para mostrar ao mundo que sabes matar mais e melhor

Do que as bombas de Pearl Harbor

Tuas crenças, astronauta, são as certas?

Teus preconceitos, tua religião, tua cor?

Queres mostrar o quê aos teus?

Que ganhas a corrida nessa olimpíada do desamor?

Que tua tecnologia mata mais e melhor

Do que o Holocausto nazi

De seis milhões de ateus?

Quem crê em Deus pode matar tanto

E semear tanta dor?



Quando a classe política que representas

vai desistir da velhacaria e da trapaça?

E o ser humano superar a condição geral de

Sapiens sapiens sádico, selvagem

De símio cromagnon motivado pelo mal?

E investir de uma vez por todas

Na cidadania global?

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