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Poesias-->A Geração do Monolito (O séc. XXI Começou Para Você?) -- 02/11/2006 - 03:27 (Sereno Hopefaith) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Número do Registro de Direito Autoral:130952249633874300
Vc teve o futuro nas mãos e jogou fora

Não soube fazer a diferença

Entre a bijuteria e a pedra preciosa

Vc aceitou a alienação em seu apego

às perfumarias. Não distinguiu nem soube o que fazer.

O ouro do sol entre os dedos

Esse livro aberto diante dos olhos

ao alcance das mãos, a poesia

E você ainda buscando no sebo

As páginas impressas da homilia.

O carvalho, o javali e o salmão

O peixe estelar no aquário da nova era

Mas para você o salmão é apenas

um parente da truta

Aonde buscar inteligência, força, harmonia ?

Numa cultura cheia de tretas ?

Pegue pela mão a mágica mochila na estrada

Do dia a dia. Aqueça as asas em direção

Ao horizonte. Aprenda a caminhar seus passos

Saia fora da espiral do larbirinto

Rume em direção à paisagem

Não olhe para trás

Nem se transforme numa estátua de sal

O Dédalo neolítico, tão antigo e atual

A prenda curricular de seus “nano-chips”

Os dólmenes e os menires megalíticos

Sepulcros e túmulos dos quais vc vai sair

Pela primeira vez o ouro do sol vai brilhar

Diante de seu olhar extasiado

A gente sagrada da liberdade ao redor

As portas da percepção você vai cruzar

As visões do mundo invisível

Enfim vais devassar

A antiga religiosidade era uma prisão

Seus passos silenciosos a descobrir a estrela

Sua crina seu olfato corrente.

Os cascos eqüestres. Acesos. Solaris.

Encontra a condição

Atávica que luta em ti por conhecer

Que a vida é poesia e descoberta

És Pégaso, pedra Centauro prospector

O trabalho de Sísifo, ardor

Ilumina-te em teu dorso lendário

Desaparece nas ondas, desafia catástrofes

Em teu rosto resplandecente verás os mares

Quantas culturas e encenações de cataclismos

Venceste. Salta de dentro de tuas espáduas

Expelido pelo útero rastejante da serpente

Ejeta-te do sepulcro mais profundo

Toneladas de ossos ancestrais te prendiam

Emergiste da cultura dos vermes, quente

Tua cabeça afinal, humana

Insurge-se infantil, igual criança

Nas mãos milenares da virgem negra

Copula com a morte. Desesperada ela clama

Por viver. Ousa ser seu original fecundador

A morte, das cinzas, quer existir e viver

Uma outra vida que desconhece

E desespera-se por não saber,

como um sáurio

Aonde a saída para o raio de sol

Diante dessa imensa poeira

De ossos que encoberta qualquer

Mínimo resquício de luz.

Em seu túmulo negro ela envelhece

Suas rugas nascem através dos tempos

Oculta-se nas faces inocentes das meninas

Refugia-se atrás dos cosméticos milagrosos

A garota da esquina e a mulher aziaga do

Shopping center dos corações solitários

Está mumificada pela vaidade fátua

A natureza insensata nada pode fazer por ela

Ninguém lhe dá a mínima atenção. Cadê você?

Sua alegria é aparente, sua casa uma caixa preta

É apenas mais uma encantadora de serpentes

Veja quanta tristeza e decepção há

Em seu olhar de águas de profunda

superficialidade. Divisa quantas rugas milenares

em sua pouca idade

Seu orgulho e presunção são miríades

De disfarces. Ela guarda como

se fossem preciosidades

Sua verdadeira face em chamas

É a sentinela das múmias

O tempo em sua idade cronológica

Esconde a criança mumificada pela soberba

Olha o tempo, a face de areia

Não compreende nada.

Pensa que é, ou são, os óculos

Ou a falta de um binóculo

Por detrás da maquilagem milagrosa, acerba

O disfarce da juventude inexistente

A astúcia sobrevive em seu corpo

Que há mil gerações vem parindo

Uma posteridade submersa pelo medo

De desvendar dos milênios os segredos

Com ou sem a ajuda de Édipo. Saber

Que não há pacto possível com o tempo

Chegou a hora de vencer novas adversidades

Essa suposta sabedoria, os árcades milenares

Aparências, exterioridade de butique

Bijuterias a conquistar os tolos

A garota, a marota antepassada

Pega a mochila e verás

Que cada filho pródigo não é mais

Que um estranho detestado

Pela geração ancestral dos hominídeos

Vai, se queres crescer

Conhecer a geopolítica da Terra

Não temas os medos inconscientes

Não te farão nenhum malefício

Utiliza os símbolos de sílex dos larbirintos

És agora um homem, não mais uma criança

Herança da civilização que começa

És o ourives, de teu arco de tua flecha

De um tempo que se supera. Evoluir

Ou perecer plugado na Internet

Teus passos hão de pisar

A carruagem de ossos dos mortos

vence a cultura infantilizada.

Pasma a água há muito estagnada

dos milênios. A bugiganga da sala de jantar

é apenas um olho mal, de vidro

do pirata que quer roubar

teu tempo. Vai criar cultura

ou ser um cataclismo

Afundado no firmamento da poltrona

Uma fantasma da sala de jantar

Um ser mumificado pelas insignificâncias

Da tvvisão, ou um momento de civilização ?

De que lado estás ?

Uma múmia, um avião da sala de jantar

Com a boca aberta, cheia de dentes

Esperando o refrigerante chegar ?

Ou o diploma ?

Milhões de anos podem desaparecer

Ser tarde demais um dia a mais

A próxima dentada no sanduíche

Ninguém nasce senão de si mesmo

Vai, os serás pasto cozido

pela mentalidade dos mortos-vivos

Queres ser mais uma vítima do controle remoto ?

Do entretenimento xuxalizado da sala de jantar ?

Uma múmia extasiada

Olhando as belezas encarquilhadas

do Fantástico ?

As bundinhas, os peitinhos das velhas mocinhas

Garotinhas recauchutadas pelos cabeleireiros

Dos “talk-shows” e suas danças do neolítico ?

Pega tua mochila e em breve verás, de longe

As horríveis belezas das quais te separastes

Teu reencontro com os dinossauros

Será uma surpresa essa viagem no tempo

Vão te pacificar as rugas disfarçadas

Serás mais uma vítima

Uma criança traída ?

Devorada pelo canibalismo

da cidade de carne ? És jovem

ou um habitué da praça de alimentação

dos shoppings ?

Tens um futuro em teus passos

Ou sentimentos de medo

Que te fazem regredir

No cobertor de pele

dos sentimentos datados da necrópole ?

Queres fundar uma banda

Cantando canções

Que nada têm a dizer ?

Ou vais buscar a experiência

Na arte insubstituível de viver ?

És parte atuante do PCC do Gugu?

Do Domingão do Buldogão?

Dos corações e mentes em franca oxidação ?

Que tal perder a esperança

Sorrindo das pegadinhas,

Divertindo-se com as vídeo cacetadas ?

És um fardo paleolítico na sepultura sofá?

Tens um coração para amar

Ou adaptar-se às trevas ?

És um hominídeo anterior

À invenção do pergaminho ?

Ou um mutante em busca do caminho ?

Queres criar a própria linguagem

Ou balbuciar asneiras a vida inteira ?

Queres dizer algo inusitado

Sem teres criado as emoções

Há linguagem criada em teu vocabulário ?

Mama Tv é um mausoléu de imagens

Vais viver tuas dificuldades, ou ser outro

Demente da fraternidade infantilizada nacional ?

Uma força viva da natureza, ou parte

Do festival de moscas da cultura global ?

Um fanático fundamentalista do controle remoto

Uma coisa, uma mercadoria fascista

Um produto depreciado pela indústria bairrista

O “artigo do dia” em seu copo

Redondo na garganta e na palma da mão

E a próxima notícia do atentado terrorista ?

Que indústria financiou ? Alckmin se responsabilizou ?

Ou foi o Cláudio Lenga-Lenga, governador ?

Eles preferem negociar com o PCC ou com um

Membro de uma banda tipo ratos de porão.

Ou desmentir a melhor imprensa

Os ocupantes do Bandeirantes, para eles

O presidente é abominação

A cidade de São Paulo há muito anda nua

E não adianta, eleitor, saber de quem é a culpa

Se você não sabe que a culpa é sua

Corporativistas, sombrios, regionalistas,

Escondidas atrás de suas gravatas de mil dólares

De seus sapatões de cromo alemão

Paradigmas do preconceito contra nordestinos

Papagaios de pirata a repetir sons e a tecer discursos

Torcendo por um futuro inexistente

Exceto para eles. Essas assombrações bem vestidas

Querem o poder para eles, de qualquer jeito

Fazendo do passado o presente

Numa viagem do tempo às avessas

Fantasmas da República Velha

Políticos góticos, saudosistas do

Estado do Café com Leite

A anarcoditadura do PCC

A fazer pó dos neurônios dos eleitores

E eles não conseguem disfarçar

Uma política que morre sem ter chegado a nascer

Quem por ti vai acende uma vela, PSDB ?

És um cadáver arfante, sem ter o que dizer. E aí?

Como justificar a vergonha de negociar com o PCC ?

Enquanto isso querem garantir no "Pra Lamento"

A ingovernabilidade com os intermináveis tumultos

Tempestades em copo dágua das CPIs.

A artimanha, o sestro dos "PhDs do partido alto"

Esse método de prejudicar todo o país

Que para eles não há outro modo de fazer campanha

E querer garantir a nefasta presença no Planalto.

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