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Contos-->Minha namorada imortal. -- 08/10/2005 - 14:53 (Marco Túlio de Souza) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Minha namorada imortal.


Um dia, em um ano qualquer em um mês de novembro.
Em uma rua qualquer.Lá está ela.
Agachada, tentando arrumar um registro de água.
Chego eu.
Oi. Ta faltando água no prédio.
Ela, tá.
Eu, que droga.
Ela, você mora aqui?
Eu moro. E você mora aqui?
Ela, no térreo.
Eu, no segundo andar.
Ela e eu entramos no prédio.
Eu, peço um copo da água.
Ela, vamos entrar.
E eu entro.
Começamos a conversar na cozinha.
Falamos de livros, musica, teatro e cinema.
Ela me pergunta você é o cara que fica escutando música lá em cima?
Sou eu.
Ela, mas como eu nunca ti vi aqui.
Eu, também nunca te vi.
Ela, mas eu moro aqui há quatro anos.
Eu, também devo morar aqui as uns quatro anos.
Ela, eu não acredito.
Eu, também.
Eu, vou chegar.
Ela, depois a gente conversa mais, mas ainda é cedo.
Ela era a minha metade.
Eu era metade dela.
Mas não éramos inteiros.
Ficamos inteiros, mas sempre em metades.
Vivemos as metades inteiras e intensas.
Muita música, show, cinema e rock in rool.
Jantamos varias vezes, amamos muitas vezes.
Sonhamos muitas vezes, choramos pela morte da sua cachorra.
Telefonemas a cobrar. Táxi pra danar.
Sinais na porta.
E ninguém pode saber, ninguém não precisa saber.
Éramos de verdade, mas tínhamos que ser de mentira.
Eu resolvia os problemas delas e ela resolvia os meus.
Eu lia os livros dela e ela lia as minhas poesias.
Era um amor de novela.
Mas nem toda novela tem final feliz.
As metades se separaram e a separação é uma escuridão.
Ficamos cegos, magoamos e choramos em separado.
O telefone toca e o coração bate, atendo ou não?
Ela tem razão e eu não sou razão.
Ela a minha paixão e eu a sua razão.
Hoje ela tem suas metades e eu também.
Mas fomos a grande metade e somos agora a maior metade.
Um beijo.

Autor: Marco Túlio de Souza
Todos os direitos reservados ao autor.
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