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Poesias-->Vôo 1907 -- 28/10/2006 - 07:11 (Second Dupret) |
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Vôo 1907
A Mãe de todos os seres
esperava a chegada dos peregrinos
que ainda cansados e ansiosos
olhavam o futuro próximo,
levando consigo os pequeninos,
bem atarefados e ativos,
bens mais que preciosos,
para chegar aos seus destinos.
Quizera um Anjo do Senhor,
com sua espada flamígena,
ultrapassar o tempo e o espaço
e segurar a mão do tempo isento,
cortando a infelicidade terrena,
para que num relance toda esta dor
se tornasse alienígena,
e os corações em sobrepasso,
esquecessem este lamento.
Mas quiz o destino inexorável que poucos
a muitos cruzassem num instante insano,
nos céus azuis do Norte brasileiro.
Foram-se os que cairam das nuvens,
sem suporte e em desesperança,
mas recompensados pela bem aventurança,
de ver nos Olhos do Divino,
seu mais puro destino,
o de eternas almas santificantes
da saga que deixou mortos viajantes.
Na felicidade eterna do Pai,
na bem-aventurança da Mãe,
na junção com a eternidade no Filho,
com as almas exultantes no Espírito.
volitaram para mansardas eternas,
onde puros estarão para sempre.
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Out/2006
© Second Dupret |
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