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Poesias-->O Templo da Rosa Alquímica (Controle Remoto da solidão) -- 22/10/2006 - 21:39 (Sereno Hopefaith) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Número do Registro de Direito Autoral:130952248285748200
O TEMPLO DA ROSA ALQUÍMICA

(Controle Remoto da Solidão)

Por que haveria de me satisfazer

Esse mundo rouco

de tanto apregoar mercadorias pela tvvisão ?

Viver é possível, quando a percepção

Coletiva, global, luta por cooptar

Minha mente como se fosse eu

Um inseto sem coração ?

As pessoas não são mais que moscas

Para os conglomerados de tvvisão

As pessoas da sala de jantar (a)traídas

Pela teia de raios catódicos do inconsciente

Pelas mercadorias que se transformam em lixão

De um para outro dia

Depois de consumidas como ração

Os esquizóforos domesticados

Voltam a comprar os produtos

Em oferta na programação

A luminosidade do vídeo receptor (a)trai

Como insetos em volta da luz

Do monitor de tvvisão

A boca maquiada da “talk-show”

Promove a alegria artificial

Das madonas de auditório

Impedidas de viver um mínimo júbilo

Uma miserável satisfação

Elas aplaudem e sorriem

As momices, trejeitos e visagens

das excitantes madames da tvvisão.

Alguém já reparou na infinita tristeza

Das garotas de auditório movidas a aplauso

E a ilusão? Elas não param de bater palmas

Mecânicas como um robô, alegres como uma dor

Clap-clap-clap-clap-clap-clap

As mãos festejam o mecanismo

Do aliciamento, devaneio e delírio

Da desordem da programação

Em poucos minutos seus olhos de fogo, abrem-se

Aflitos, derretem na chama da desilusão

Enquanto as pessoas da sala de jantar

Se reúnem como réus em volta da telinha

Olhos fixos na ratazana da programação

Iridescentes miudezas feéricas

Mantêm em custódia sua atenção

Você olha a telinha, como se houvesse chance

Remota possibilidade

De não alugar seus sentidos

A toda essa lavagem. Sentado na poltrona

Você se entrega e relaxa

Entretém-se e escracha

Como se pudesse, ao mesmo tempo,

Manter alguma mínima espiritualidade

Enquanto enche o coração e a mente

Com o peixe podre, febril e fedido

De toda essa banalidade

Vem fada madrinha, pega na minha mão

Conduz este filho do homem

Para algum horizonte distante

Não quero ser outro ratinho

Na boca desse cação

Leva-me para longe daqui

Que neste auditório há mais desatino e pranto

Que as pessoas da sala de jantar

Que também fazem parte dele

Possam compreender e carpir

Quanto mais você escancara os olhos

Mais os mantém fechados

E só quem ganha com isso são as

Sereias bufarinheiras, os ratinhos bem nutridos

As tetas gordinhas do sexteto

Os piratas das caravelas

Os negociantes de farinha atrás dos bastidores

Estão se lixando para suas necessidades e dores

Que eles vivem de as faturar

Clap-clap-clap-clap-clap-clap

Clap-clap-clap-clap-clap-clap

Você acompanha a música da programação

Você, que nunca pára de “dançar”.

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