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Poesias-->Mano Fantoche -- 22/10/2006 - 21:04 (Sereno Hopefaith) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Número do Registro de Direito Autoral:130952247824414900
MANO FANTOCHE

Sei de pessoa que engole sapos

E come moscas.

Pensei que isso só existia nos filmes de vampiro

A mente é um túmulo

Onde os mortos falam em seu ouvido

Seu medo: perder o lugar de morar

As mordomias do emprego

A caverna com tv do seu abrigo

O quarto onde se esconde

Em suas noites mórbidas

As almas penadas roubam-lhe a calma

São seu paraíso perdido no delírio

Fazem-lhe companhia via Internet

O pai para manter a mente ativa

Senta-se num sofá, deita-se na rede

Fica na oitiva

A vida submissa sabe humilhar

O mais antigo suga do mais moço

Rouba seu crescimento anímico

Pra viver um ano a mais de subvida

Permite ser controlado em tudo

Seu sono, seus sonhos, seus passos

Do trono de necessidades

Fabrica suas mentiras

Dispersa ainda mais os seus pedaços

Você faz que gosta e acredita

Porque vendeu a alma por um carro

Diz estar bem assim

Que ser escravo aparente

Nada significa de fato

Mas toda vez que diz sim

E sempre concorda com tudo

Ele domina sua vontade

Seu porvir fica mais turvo

A suposta personalidade, um caco

Mantém sua alma cativa

Alimenta-se da mente traída

Apaga as luzes de seu futuro

Faz de você

Papa-moscas do Nosferatu

Caro companheiro, acorde agora

Você soldado assalariado

Desse fardo pesadelo, desse mistério

Buraco negro de sua vida

Não carregue como uma mula

Com todo esse zelo sem rumo

Os ossos de seus antepassados

Suas fomes, alergias, suas taras

Suas rugas, suas fugas, suas cargas

Toda essa dinastia de cemitério

Essa agitação sem guarita

Ao sair toda manhã de sua toca

Seus olhos têm vergonha do sol

Sua fidelidade aos mortos

Sua simpatia pelo demônio

Ele mantém sua alma passiva

Ele se alimenta de sua mente cativa

Você vive uma vida que não a sua

Seus passos conduzem a lugar algum

Em seu horizonte brilha

A realidade do sonho em vão

Seus corpúsculos subterrâneos

A laje tumular da família

A juventude perdida

Ele sorri de seu vazio

De seu salário, de sua cerveja

Da promessa de sua parte na partilha

De dentro de seu corpo sepulcro

Puxa a coleira da falta de liberdade

Como se você fosse um cão

A ladrar pelo prato de comida

E você diz estar tudo bem

Que está certo e é direito ser virtual

Alguém viver por você, sua vida

Como um sócio empresarial

Mas no fundo você sabe com certeza

Ser vítima desse mal. Que fazer ?

Ele mantém sua alma aflita

Sua Parságada há muito se perdeu

As contas a pagar, a avareza

Quem é o senhor de sua mente sujeita, seduzida

Que vive sua libido por você ?

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