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Poesias-->Flaps -- 22/10/2006 - 21:02 (Sereno Hopefaith) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Se te excluem do rebanho

És apenas um selvagem

Diga não, não siga

Se não quiser

A lei geral da libido

Dos deveres deste mundo

Não te isentes da fadiga de negá-los

A águia voa mais alto

Que os pássaros da praia

Um deles não sabe disso

E vence naturalmente

O pico do vôo falconiforme

A seu modo salta sozinho fronteiras abissais

Vence a condição limite

Voa sobre nichos jamais alcançados pela águia

No voar mais alto alhures, navega sua sina

Fernão Capelo Quixote

Abre as portas de paisagens longínquas, inusitadas

Despreza a coleira doméstica da rotina

Aceita o desafio das asas do anjo

Da insensatez. A paralisia

De não ficar nos limites do bando

Os membros alados não são de cera

Objeto desse prazer solar

O bibelô coletivo não pode ser livre

A liberdade para ele é mortal

Como o foi para Ícaro

Ao invés de ouvir Dédalo

Voar a uma altura moderada

Derreteu as asas o ardente sol

Voar é para o homem que sabe sonhar-se

Pássaro. A liberdade de ir mais longe

As pinturas da vastidão a desbravar

Não faz parte da programação

“Aldeia global padronizada”

Eleva-te alado nas criptas do luar

Vê, afinal, o quanto é essencial a desmemória

Saber manter o rumo certo na incerteza

E chegar até sua "Cecília", a ilha, salvo

À imitação de Ulisses vencer as ninfas do mar

Mirando o horizonte de Ítaca

Onde Penélope resignada

Fiava ondas e as desfiava

No fado afortunado do tecido solar

Obrigado, grande irmão da libido global

Preciso navegar além do poente

Vencer a face da suposta beleza

O canto encantado das sereias

Sufrágio-serpente, gênese universal

Fazer a rude ambição do desejo amainar

Estou bem, na trilha

Da velha neurose conhecida

A navegar sobre a tempestade de sal

Em busca de minha Penélope

Enfrentando os inimigos em Ítaca

Em que lugar dessa Terra, dessa ilha

Estará a minha fêmea

A minha alma gêmea

Ritual de passagem

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