PRATÍ
Para ti
caminho na línea da incerteza –
aberta
como porta para o que será.
Adiciono ao meu temor,
para ti-
a aventura dos meus átrios
encavados neste espaço torácico,
alucinado
como um coração.
Para ti respirando me desfaço,
me confundo entre os minutos, concretizo
tua imagem (que não tenho)
que penso ,
que busco :
para ti- tão incerto este caminho
e tão certeiro
tão quem sabe, tão : “por quê?”
E entre tantas madrugadas duvidosas
Como espelho e mariposa
acreditando que estou dupla,
me sabendo só-
me arrebato, me arremesso
me detenho em teu segredo:
e te invento, só pra mim
uma vez só. |