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Artigos-->Assim Caminha a Humanidade -- 23/09/2002 - 11:14 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Assim Caminha a Humanidade.

(por Domingos Oliveira Medeiros)



Gerações que se foram. Que deixaram suas marcas. Um pouco de mentira e muito de verdade. Gerações que vieram e que virão. E que por certo, sempre trarão. A violência como temática. A violência de todos os tipos e tamanhos. A violência padrão. A violência circunstancial. A violência animal. Na cola da juventude. Da juventude transviada. Das tribos. Das gangues. Da juventude motorizada. Do olhar para o estrangeiro. Do olhar sorrateiro. Do olhar maneiro. Da juventude colonial. Da juventude republicana. Da juventude imperial. Da juventude genial. Todas elas se misturam. Todas elas ou quase todas. Se dobram aos ditames. Aos ditames do primeiro mundo. Já que não tem o segundo.



Passamos para o terceiro. Ao mundo desprotegido. Ao mundo dos combalidos. Ao mundo que é o quintal. O quintal do primeiro mundo. Às favas, todo esse mundo. Pois não me chamo Raimundo. Mas muitos são os Raimundos. Nem todos se chamam José. E quase todos são Zé. Zé de baixo. Zé de riba. Nossa, como tem Zè. Como tem Zé lá na Paraíba.



Embalados pelos sonhos e desenganos. Dos enganos dos profanos. E desenganos dos ladrões. Renegados pelos fulanos. Os sonhos da juventude. Tirados pelos cicranos. Assim se passam os anos. E a juventude chegando. Com seu comportamento arredio. Com sua ousadia perene. Com seus defeitos e virtudes. Que vêm de longe e de perto. Que estão na lembrança. Lembranças de muitos anos. De tempos que já se foram. De tempos de leitura. Da revista Reco-Reco. Do Bolão e Azeitona. O Cruzeiro, o Amigo da Onça. E agora tem a Madonna. Que não saiu na Manchete. Mas Fatos e Fotos promete.



Anos de figurinhas. Figurinhas de jogadores. Álbum da Seleção. Seleção de mil amores. Jogo de bafo-bafo. Batendo com a palma da mão. Olhando na fechadura. Vira mundo, roda pião. Do Big Brother ao Faustão. Das coisas que acontecem. As roubalheiras aparecem. Mas não se prendem os ladrões. Dizem as televisões. Que tanto distrai e vicia. Mas que tem a primazia. Na época da eleição. Prá não deixar ninguém na mão. E ficar bem informado. E a juventude sempre ausente. E a TV dando o recado. O de ontem, o de hoje e o de sempre. E tudo é misturado. A juventude de lado. No micro fica ligado. Na era da informática. A juventude enigmática. A juventude virtual. A juventude que não lê jornal. Lê gibi. O Pasquim. O Fantasma e coisa e tal. Lê do Mandrake a Lobato. O Sítio do pica-pau.

A sensação do momento. O celular. E o clone. O clone da televisão. O pó, o pico e o craque. O fumo e o cheiro na mão. A juventude transviada. Do cinema de todas às tardes. O Gordo e o Magro. O rock. O pagode. O axé. O erotismo e a pornochanchada. A música que leva fé. A música que está na moda. Dançando na ponta do pé. Do pé que é do futebol. Da Copa e do Carnaval. Dos velhos e dos novos. E dos que não voltam mais.



Do futebol de Pelé. De Ronaldinho e Amaral. Do país do futebol. Do país do Carnaval. Não confundir com a França. E nem tampouco com Portugal. Nem da Bahia, do Axé. Do Axé do Carnaval. Do Carnaval atual. Dos carnavais que estão pulando. Do frevo ao maracatu. Do Carnaval trancafiado. Em cima de arquibancadas. Que vendem por um trocado. Que não é mais a festa do povo. Que paga prá ver de novo. O mesmo desfile de sempre. Daquela comissão de frente. A única que ainda restou. Dos sambista de verdade.



Agora sentamos prá ver. A banda toda passar. Olê, olê, olá. A juventude a gritar. A juventude a protestar. A sua marca do sucesso. A marca do seu progresso. A marca do inconformismo. A marca da ousadia. E da saúde que transborda. E que se permite o desperdício. Gerações de todos os vícios.



Rotuladas por todos os lados. Geração Anos Dourados. Geração pós guerra fria. Geração coca cola. Geração ainda em guerra. Geração de novos conflitos. Geração aos berros e aos gritos. Geração que não namora. Geração que agora “fica”. E logo depois vai embora. Do namoro passageiro. Do namoro por inteiro. Do namoro sexual. Com quarto e cama de casal. Na base do tudo bem. Viver feliz não faz mal.. Basta usar camisinha. O resto é tudo normal.



Geração que está chegando. E outra que vai embora. Enquanto uma ri, outra chora. E a gente sempre pergunta. Que geração vem agora? A geração da paz e do amor? Essa já foi embora. E nem saudade deixou. A geração do pós guerra? A geração de novas guerras? Qual geração vem ai? A que trará esperanças? Talvez, se ainda der tempo. De cuidarmos de nossas crianças.





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