" PUDORES "
Guardas é o que somos,
Quando preservamos os nossos telhados de vidro.
Delicados, frágeis,
como o que não queremos que seja dito,
cômodo é deixar como está.
Desfazer o que está debaixo do assoalho?
Poeira vai voar.
Não acorde um gigante que descansa,
ele não entenderá.
Destampar a panela para ver o que há!
O vapor subirá.
Entre outros e outros e outros!
O poeta não dirá.
Direi sim e porque não?
Nada há para esconder.
Incomodo será sem dúvida,
para min para ele para nós,
Será que o certo é correr?
Fugir?
Mas para onde?
Autora: KaKá Ueno
|