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Artigos-->A Inteligência Emocional como Vantagem Competitiva -- 22/09/2002 - 16:43 (Roberto Sinay Neves Neto) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A Inteligência Emocional tem ganhado importância cada vez maior na análise dos profissionais e determinado, em muitos casos, que profissional deve ser contratado para determinada função. Mais que isto: tem sido utilizada pelas empresas para definir, ou não, promoções e, conseqüentemente, aumentos salariais.



Periodicamente, são lançados conceitos e propostas – quase sempre idéias já conhecidas, mas com um novo nome - que têm como principal objetivo, gerar uma demanda por livros, palestras e programas de treinamentos cujo resultado mais concreto é o aumento das vendas das editoras e conseqüente remuneração dos consultores. Para as empresas, resta investir nestas tendências, consumindo tempo, dinheiro, e com resultados nem sempre mensuráveis, para dizer o mínimo.



Qual é, então, o mérito da Inteligência Emocional neste ambiente? É que a I.E. não é uma idéia e nem precisa convencer ninguém disto, ela simplesmente existe, e apesar de não ser nova – pode até ser uma velha idéia com um novo nome – tem como mérito, o fato de fazer as pessoas darem importância a algo que pode, e efetivamente o tem feito, proporcionar uma reflexão sobre os comportamentos humanos e de como fazer, a partir deste conhecimento, para adequá-los ao ambiente social, profissional e familiar.



Se por um lado, tem-se a oportunidade para, a partir deste conhecimento, poder trabalhá-lo, por outro, proporciona às empresas mapear estas características na sua equipe, o que, em alguns casos, pode frustrar as expectativas de alguns profissionais na medida em que os perfis podem ser julgados incompatíveis com o que foi definido pela companhia.



A I.E. é a capacidade que as pessoas têm de lidar com suas emoções, se inter relacionar e transformar estas emoções em atitudes positivas que geram automotivação.



Assim, um alto Q.I. (Quociente Intelectual), que anteriormente era um diferencial, hoje é colocado sob outra perspectiva, ou seja, é importante, desejável, sobretudo onde em áreas como pesquisa e ciências exatas, mas não garante futuro brilhante para seu detentor.

Já a I.E., proporciona um conjunto de competências que tornam o profissional mais homogêneo, e com capacidade de criar um ambiente de trabalho onde as relações podem levar a resultados mais consistentes.



Ter Inteligência Emocional, significa possuir um conjunto de competências que possibilitem ao profissional administrar seus conflitos e gerar resultados num ambiente cada dia mais inóspito.



Trabalho em Equipe:

Cada vez mais, o talento individual não é fator determinante para o sucesso de uma empresa, portanto, a capacidade de realizar tarefas em conjunto, negociando, cedendo, sendo flexível e sabendo ouvir, é cada vez mais importante.

Algumas pessoas sentem-se bem trabalhando sozinhas, mas isto não quer dizer que elas não tenham esta competência. Existem métodos de trabalho e estratégias que podem ser adotadas em determinadas etapas do trabalho, e, trabalhar só, pode ser produtivo.

O problema ocorre quando só se consegue trabalhar desta forma. O ambiente empresarial impõe esta convivência, pois é lá que as coisas acontecem. Ainda que os escritórios domésticos estejam se tornando comuns, o número de pessoas que trabalha nas empresas ainda é imensamente maior. E mesmo para quem trabalha como autônomo ou profissional liberal, a necessidade de realizar projetos temporários em grupo é parte do trabalho.



Comunicação:

Comunicar-se é parte essencial do processo, pois a venda de idéias e o poder de convencimento é fundamental para que as equipes entendam seus objetivos, o trabalho seja transparente e os atritos sejam minimizados.

Além disto, ao defender uma idéia ou apresentar um trabalho em público, o profissional deve ter domínio sobre suas emoções e medos – para aqueles que têm dificuldade para fazê-lo. Este medo atinge várias pessoas e cria uma barreira que pode comprometer sua ascensão.

Uma boa comunicação (dicção, uso correto da língua, tom de voz, saber o que deseja falar, segurança) é uma forma de envolver o consumidor e ajudá-lo a solucionar seu problema. Se considerarmos que ao falarmos, muitas vezes o fazemos em nome da empresa, possuir esta competência torna o desafio mais fácil de ser superado.



Empatia:

Empatia é colocar-se no lugar do outro, saber ouvir, compreender, dar atenção. Mas, para fazer isto é necessário prática, e, mais importante, estar disposto a ceder para chegar a um acordo satisfatório para ambas as partes.

Quanto mais consciente estivermos de nossas emoções, mais facilmente poderemos entender o sentimento alheio.

Vamos imaginar que, ao chegar em casa, o marido encontre a esposa de mau humor e que ela responda de forma dura a uma pergunta qualquer dele.

Este, pode seguir dois caminhos: responder da mesma forma e terminar de vez com a noite, ou procurar entender como foi o dia dela, o que poderia tê-la levado a ficar tão irritada. E se ele estivesse no lugar dela, como agiria?

Assim, o marido poderia compreender que sua esposa não está tratando-o mal, apenas botando para fora sentimentos que nada têm a ver com ele.

Para isto, ele precisa, como já foi dito, estar disposto a ceder. De nada adianta ele procurar os motivos que levaram a sua irritação, se não estiver disposto a relevar o comportamento da esposa. E assim, a noite deles estará salva.

Portanto:

• Entenda as emoções dos outros

• Se coloque no lugar do outro

• Compreenda e dê atenção



Comprometimento:

A paixão pelo que se faz é o motor para a realização e resultados eficazes. Logo, cada profissional deve procurar os valores e áreas de atuação com as quais se identifica, porque só assim conseguirá vencer os desafios. E vencerá, porque faz por prazer. E, como tem paixão pelo que faz, consegue atingir seu objetivo.

O comprometimento se consegue através de uma soma de fatores, e não por decreto. Ele é muito forte, justamente porque vem naturalmente. E tudo o que vem de dentro de nós, tem o poder de transformar, de fazer com que o trabalho seja feito de maneira mágica.

Esta competência talvez seja a mais importante e, justamente por vir naturalmente, a mais difícil de se conseguir. Não existem cursos para se desenvolver o comprometimento. Ou ele existe, ou não.

Aqui podemos perceber a importância de selecionar bem as pessoas dentro das suas competências e identificação com os valores da empresa. A possibilidade do comprometimento começa ali.

Portanto, o comprometimento, é o tempero a mais, o algo mais, o brilho nos olhos, enfim, aquilo que faz a diferença. É o que faz a diferença quando sentimos que fomos encantados, e não meramente atendidos.



Tolerância a Pressão:

Vivemos num mundo em que o tempo parece ser cada vez mais curto, temos que estar sempre atualizados para, pelo menos, garantir nossa permanência no mercado, temos que ser pai/mãe, marido/esposa, e ainda ter tempo para sermos felizes – e cada um tem uma idéia própria do que seja ser feliz.

Mais especificamente no trabalho, temos nossas metas para atingir, realizar cada vez mais com cada vez menos, lidar com os problemas que sempre aparecem – e sempre na pior hora -, e ainda atender o cliente.

É aí que esta competência é mais requisitada. Saber lidar com as pressões do dia-a-dia é um grande diferencial, pois poucas pessoas conseguem realizar um bom trabalho sem deixar estas preocupações interferir (pelo menos de forma visível) na condução dos processos.

Muitas empresas oferecem programas de apoio aos funcionários para que eles busquem ajuda, seja através de um atendimento telefônico, seja procurando algum profissional do RH. Outras, implantam programas de ginástica, para diminuir a tensão provocada pelo ambiente.

Nada disto, contudo, é suficiente, se cada pessoa não desenvolver seus próprios métodos de lidar com a pressão. Parar e respirar fundo, tomar uma água, conversar com alguém, apertar uma bola, são formas de aliviá-la, mas não resolvem se as causas dos problemas não forem atacadas: problemas familiares, de saúde, etc.

Se autoconhecer, compreender, desenvolver e manter as competências é o desafio que os profissionais devem vencer neste século que está começando.



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