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cronicas-->Reminiscências -- 24/02/2004 - 21:18 (José Geraldo Barbosa) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Eis-me aqui, de volta ao lugar mais sagrado em que já pus meus pés. A mesma relva, as mesmas árvores, as mesmas flores, até o mesmo céu azul e lindo!
Ah, aquela árvore que sobressai dentre as outras, aquela bem frondosa, de exuberante folhagem verde e viçosa, tronco imponente. Pendente de um de seus galhos, lá está, ainda, o balanço.
Chego perto dele e, com as mãos, o empurro. E ele vai e vem... vai e vem...
Com os olhos perdidos no horizonte, revejo a cena em que, há muitos anos, eu empurrava este mesmo balanço. Só que você estava sentada nele. Linda, sorridente, cabelos esvoaçantes ao vento.
E o balanço ia e vinha... ia e vinha...
E eu, mais sorridente ainda, com a felicidade jorrando de todos os poros, queria perpetuar aquele momento tão doce, tão terno e, ao mesmo tempo, muito forte.
Revejo, então, o momento em que parei o balanço, segurei-a pela cintura e, colocando-a em pé, beijei-a apaixonadamente.
E você, ávida de carinho e de amor, entreabriu os lábios e se deixou beijar, num beijo molhado, quente, vibrante, que a fazia estremecer e a mim também.
Não sei por quanto tempo ali ficamos, sorvendo do amor enorme que havia dentro de nós. Só sei que, ao voltarmos à realidade, estávamos trêmulos.
Tão trêmulos que não nos desvencilhamos, parecendo que cada um queria amparar o outro para que nenhum dos dois caísse.
Só depois de algum tempo, nos desentrelaçamos, e eu a coloquei novamente no balanço, empurrando com o maior carinho do mundo.
E o balanço ia e vinha... ia e vinha...
Agora me vem à memória a dura realidade atual. Você se foi, ceifada desta vida através de um triste acidente. Eu a perdi. Para sempre.
A saudade é tão dolorida que chega a queimar-me o peito. Meu coração se aperta e parece que vai se dissolver.
Ai, que saudade!
Esquecê-la não vou jamais. E faço questão mesmo de não esquecer.
Por isso, voltarei aqui toda a vez que a saudade apertar um pouco mais. E, imaginariamente, vou balançá-la durante o tempo que você quiser..
Vou até imaginar que estou parando o balanço, tomando-a nos braços e beijando-a cada vez com mais ardor.
E, assim, a sensação de vazio se irá, sentirei o calor suave de seu corpo e a doçura de seus lábios.
Que saudade, amor!
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