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Poesias-->NÃO ME ENVERGONHO -- 11/10/2006 - 19:40 (Tereza da Praia) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
NÃO ME ENVERGONHO



Tereza da Praia







Não! Eu não me envergonho



Por ter vivido o sonho,



Lutado pela justiça,



Educado para a cidadania



Alertado para o pecado da cobiça.



Acreditado na mudança com alegria.



Não! De nada me envergonho.



À descrença e ao pessimismo me oponho.



Não tenho o direito de macular a auto-estima



Deste povo forte, deste povo que luta,



Que não foi à toa denominado varonil



Pelo poeta patriota em sua rica rima.



Este povo que com vigor



Sua história constrói.



Que se legitima pelo amor



E não chora pelo que dói.



Matém a cabeça erguida e o riso juvenil.







Não tenho vergonha! Sinto-me orgulhosa



De lutar pela democracia,



De querer fora impostora aristocracia



Que por anos e anos a fio



Sangrou as veias do gigante,



Feito pela própria natureza,



Transformou o povo em servil



Explorou suas belezas.



Praticou desmandos mil.



Agora com cara de santa,



(esta aristocracia café-com-leite)



Alardeia por todo canto



A moralidade e a honestidade.



Com ares de donos da verdade



Quer tirar minha felicidade.



Vade retro, sepulcros caiados!



Hipócritas, fariseus e chacais.



Dinheiro na cueca é ninharia,



Em vista do que foi a sangria,



Dos recursos que escorreram



Para aqueles paraísos fiscais.



Um milhão? De onde veio um milhão?



Parece tanto dinheiro,



Olhando-se para o montão,



Mas não dá pra comprar um apartamento



Ou os quatrocentos vestidos,



Da Das Lu , coisa mas sem sentido.







Não me envergonho e nem choro.



Feito mulher arrependida,



Por ter perdido a virgindade.



Não se perdeu a esperança na vida!



Os que alardeiam ética e dignidade,



Sempre comeram na mão da corrupção



Hoje regurgitam honestidade.



Mas não passam de exploradores bandidos,



Que fizeram tudo bem escondido,



Enganaram toda nação.



Honestidade sempre esteve escassa



No tear que tece a bandeira,



Que jamais foi rota na batalha,



Mas que a muitos serviu de mortalha,



Ou de toalha, para secar o suor



Na luta pelo pão de cada dia.



Pão negado! Pão sofrido!







Envergonho-me, sim, desta choradeira.



De sob a máscara do falso moralismo



Perpetrar cruéis preconceitos



Da república café-com-leite



Só são merecedores de respeito



Médicos e advogados, os doutores.



Envergonho-me de com o pretexto de corrupção



Vilipendiar um irmão,



Que porque veio do chão,



Sem estudo, sem instrução,



Não encaixa em meus conceitos e valores.



Merece a crucificação, sem fazer comparação.



“Soltem Barrabás, o ladrão!”



Se a questão de verdade, fosse ética e honestidade,



Tantos não teriam sido votados!



Não tenho vergonha! Tenho um sonho.



Não tenha pena de mim,



Há flores e borboletas no meu jardim.



Pássaros cantam em minha alvorada!



Tenha piedade de ti, desesperançada,



Arauto dos preconceitos derrotados.



A esperança não esta perdida...



Os sinos hão de dobrar no novo dia...



Para festejar a democracia!







Tereza da Praia



(poema inspirado na poesia Sinto Vergonha de Mim de



Cleide Canton).



Série: Rapadura é doce, mas não é mole.









Não, filhos meus (deixai-me experimentar, uma vez que seja,

convosco, este suavíssimo nome).; não: o coração não é tão frívolo, tão exterior,

tão carnal, quanto se cuida.

Há, nele, mais que um assombro fisiológico: um prodígio moral.

É o órgão da fé, o órgão da esperança, o órgão do ideal.

Vê, por isso, com os olhos d’alma, o que não vêem os do corpo.

Vê ao longe, vê em ausência, vê no invisível, e até no infinito vê.

Onde pára o cérebro de ver, outorgou-lhe o Senhor que ainda veja.;

e não se sabe até onde. Até onde chegam as vibrações do sentimento,

até onde se perdem os surtos da poesia, até onde se somem os vôos da crença:

até Deus mesmo, inviso como os panoramas íntimos do coração,

mas presente ao céu e à terra, a todos nós presentes,

enquanto nos palpite, incorrupto, no seio,

o músculo da vida e da nobreza e da bondade humana."

(Oração aos Moços - Rui Barbosa).









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