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Poesias-->AS PONTES -- 11/10/2006 - 14:53 (Rudolph de Almeida) |
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AS PONTES
Oportunidades são as gotas de chuva que caem
Se não nos molham agora não o fazem jamais
Pequenos sonhos desfeitos por falta de iniciativa
Grandes histórias, assim não contadas nem vividas
São permanentes as dores causadas pelas chances desperdiçadas.
São pontes que nos surgem ligando o querer ao poder
Há que se crer que são firmes, subir para ver
Pois já vem o tremor no qual a pênsil vereda se esvai
Deixando o indivíduo só querendo sem poder mais
Pensando no que seria cruzar a ponte e viver.
Depois de ver tantos pontilhões sucumbindo no meu caminho
Já não consigo mais conter a ânsia de andar em seu trilho
Cada ocasião então tem jeito de ser a última
Estertor do moribundo pensando no seu passado
Preciso cruzá-los agora ou morrerei desgraçado.
Por cruzarem abismos, porém, podem não ser seguros
Arrebentar-se ao meio destruindo a criatura
Dúvida de segurança, medo de fracassar
É a descrença que me atormenta se penso em atravessar
Corroendo minhas entranhas deixo a oportunidade passar.
Mas logo, qualquer dia, em breve, outra ponte vai me puxar
Sua força atrativa, magnética, minha armadura arrebatará
Levando meu corpo junto, nu e desprotegido
Enfrentar a novidade do outro lado do abismo
Conhecer a realidade de tudo o que não foi vivido.
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