Sob a perspectiva bíblica, a dívida, de certa forma, escraviza o indivíduo – o devedor torna-se “escravo” daquele que empresta (veja em Provérbios 22.7).
Um dos problemas mais sérios em relação à dívida é que ela é sempre contraída com o apoio de uma previsão futura (veja o que está escrito em Jô 8.9: “porque nós somos de ontem e nada sabemos; porquanto nossos dias sobre a terra são como a sombra”.
Quando a pessoa opta por fazer empréstimo, presume que terá meios para pagar o débito num futuro incerto e desconhecido. Tiago 4.13-16 admoesta contra a presunção de que você será capaz de controlar eventos futuros.
O detalhe é que o futuro está nas mãos de Deus (Atos 1.7: ”respondeu-lhes Jesus: Não vos compete conhecer tempos ou épocas que o Pai reservou pela sua exclusiva autoridade;”).
Tomar emprestado sem devolver não é uma opção para o cristão (Salmo 37.21: “O ímpio pede emprestado e não paga; o justo, porém, se compadece e dá.”).
Duas das parábolas de Jesus tratam da questão de devolver dinheiro tomado de empréstimo (Lucas 16. 1-8; 19.12-27). Os crentes foram ensinados que aquilo que se tomou emprestado sempre deve ser devolvido (Êxodo 22.7-15; 2Reis 6.5).
Os que emprestam são admoestados a ser generosos e a emprestar ao pobre (Salmo 37.26: “é sempre compassivo e empresta, e a sua descendência será uma bênção”).
A lei estipulava que se o pobre não pudesse pagar a dívida, ela seria cancelada a cada sete anos (Deuteronômio 15.7-11) – um lembrete de que Deus é maior do que todos os problemas, inclusive os financeiros. Assumir dívidas pode negar a Deus a oportunidade de operar em sua vida (Isaias 55.8-9).Ele é capaz de agir de forma impressionante se confiarmos nele.
Em Romanos 13.8 aprendemos que: “A ninguém fiqueis devendo coisa alguma, exceto o amor com que vos ameis uns aos outros; pois quem ama o próximo tem cumprido a lei”.
Observação: ao reler hoje, este capítulo, na Bíblia da Mulher, senti muita vontade de compartilhá-lo com os leitores. Que o Senhor Abençoe você que o está lendo também.