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Poesias-->ACUSO-ME -- 07/10/2006 - 21:52 (Tereza da Praia) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
ACUSO-ME

Tereza da Praia



Acuso-me de tantas vezes ser reles,

Tantas vezes vil, indesculpavelmente omissa.

Indiferente à humanidade e aos seus males.

Direcionando minhas ações pelas regras da cobiça.

A inveja e a arrogância vestindo-me como peles

Sobrepostas, maculando o meu ideal de justiça.



Acuso-me de carregar a soberba dentro de mim,

Orgulhar do meu modo de ser, apregoar em editais

Minhas pseudo virtudes, qualificando o outro como ruim.

Apontar o próximo como aquele que tem os pecados capitais.

Por quem tenho repúdio, de quem me envergonho enfim,

Cheia de falsos pudores, de falaciosos valores morais.



Nesta hora exatamente há uma criança na rua.

Há centenas de crianças que vivem na rua.

Acuso-me de indiferente, de não amar suficiente,

De atribuir ao governo a solução beneficente

Eximindo-me da responsabilidade consciente

De participar da construção de um mundo decente.



Acuso-me de não exercitar o amor ao meu próximo

De passar ao largo daqueles feridos a margem da vida.

Usar a minha língua como móvel de maledicência dorida.

Trago dentro de mim todos os pecados, ao máximo:

A avareza, a preguiça e a ira que alimenta desejo homicida.

A Luxuria, a gula e a vaidade, tudo mais de uma alma fingida.



Recuso-me a ver no meu próximo apenas seus pecados,

Achar o homem pérfido e o mundo fétido.

Vejo o outro como um espelho, mostra-me meu legado.

Não sou nada, mas tenho em mim os sonhos do mundo.

De igualdade, fraternidade, amorosidade, de ver o fundo

Da alma do meu próximo, reconhecê-lo como pessoa

Com defeitos e virtudes. Aceitá-lo, perdoá-lo e amá-lo,

Sabendo-o semelhança do divino, a grande parte boa.



Tereza da Praia

serie: Cenas Insanas







































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