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Erotico-->Romance de domingo -- 27/01/2004 - 11:50 (José J Serpa) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Senhor Costa vai à Missa...
As maldades que ele fez,
Durante toda a semana,
Paga-as hoje – vai à Missa!

Põe fato de ver a Deus,
Põe-se com cara de caso
E lá vai passeio fora...

Traz a mulher a reboque
Como coisa de somenos...
Mesmo assim,
De vez em quando,
Bota o olho... não lhe toque
Alguma aragem de vento,
Que acaso tenha passado
Entre as pernas doutro
Homem...

Senhor Costa é ciumento!
Ele bem sabe, o maroto,
Como é que elas se fazem.;
Monta a mulher do vizinho
Todos os dias ou quase.

É um ai – não custa nada...
Atravessa-lhe o quintal,
Gala-a mesmo na cozinha.

Ela espera-o, pressurosa,
E num trejeito gaiato
De quem já sabe da festa,
E gosta dela,
Ergue as saias para os ombros
E debruça-se na arca,
Mesmo em frente da janela...

Ele puxa-lhe as cuecas,
Se ela as tem, para os joelhos,
Donde ela as faz resvalar,
Roçando as coxas, para o chão.

Então ele...
Bota-lhe as mãos cobiçosas
Da brancura do traseiro
Àquelas nalgas viçosas...
Afasta-as e estende, entre elas,
O membro que fica, ali,
De cabeça levantada,
Tenso, enorme, palpitante...

Debruça-se então um pouco,
Como se o fosse beijar,
E pumba...
A cuspidela da praxe
Na cabeça do farsante.

E enquanto ela se ajeita
Um tanto para o receber...
E o cuspo quente lhe escorre
Pelo rabo e a consola,
Agacha-se ele um nadinha,
Afasta-lhe mais a nalgas,
Expondo o roxo vestíbulo,
Suculento, apetitoso,
E assenta nele a cabeça
Do gigante...
Faz uma pausa e suspira
Fundo...
A olhar o céu,
De esguelha, pela janela...

Vai, então, num dar de rins,
Meditado,
Decidido,
Engalfinha-se todo nela
E lá vai disto – é gingar!

E é um ai.
Do cuspir ao esporrar,
Uma dúzia de umbigadas,
Se tanto,
Mas desalmadas...
E nem um pio – está feito!

Ela, às vezes, abre a boca
A querer morder o ar...
Finca-se nos calcanhares,
Curva-se toda,
Estremece...
Perde o fôlego,
Vai gemer...
Mas já é tarde.
Naquele instante o galucho,
Satisfeito,
Quase murcho,
Descose-lhe das entranhas
Aquele gozo desfeito.

No fim...
É sempre a mesma rotina.
Puxa-lhe as saias, primeiro,
Sobre a alvura do lombo
E, prazenteiro,
No gesto de quem repete
Aquilo que sempre faz,
Zás-trás...
Enxuga ele com elas
O membro viril,
Melado...
E às vezes enxuga-o ela
Dos sucos que destilou
Aquele encontro calado...

E pronto!

Lá vai uma nalgadinha,
À laia de tainquiu...
E safou-se o malandreco.

Com dois pulos, atravessa
O quintal e assim regressa
Ao outro lado da vida...

Nunca ninguém descobriu,
Nunca ninguém suspeitou...
De certo ninguém ouviu,
Porque em cada galadela
Que o Costa dá na vizinha,
Nunca se trocou palavra...
São tudo gestos, mais nada.

E se não fosse a mania
De ser ornitologista...
Que me levou a comprar
Binóculo
Para ver as aves,
Nem eu sequer saberia
Daquelas arribações...
Cujo remorso o bom Costa,
Que é católico, e dos bons...
E ainda melhor português,
Leva à Missa nos Domingos
E lá deixa...
Benza-o Deus!

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