Usina de Letras
Usina de Letras
277 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62175 )

Cartas ( 21334)

Contos (13260)

Cordel (10449)

Cronicas (22531)

Discursos (3238)

Ensaios - (10349)

Erótico (13567)

Frases (50580)

Humor (20028)

Infantil (5424)

Infanto Juvenil (4756)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140791)

Redação (3302)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1959)

Textos Religiosos/Sermões (6183)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Contos-->Pequenos Chineses. -- 17/09/2005 - 12:39 (Marco Túlio de Souza) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
1965 – 8 anos de idade.


Estávamos acostumados a ver tudo em tricolor, preto e branco, vermelho e preto, torcíamos por estas cores por herança de nossos pais, mas estas cores eram tão distantes dos nossos pés.
Era tudo muito comum para nós, pobres meninos, sem informação nenhuma, mas com uma vontade de sonhar e viajar.
Então, surge um monte de garotos (Raul, Tostão, Dirceu Lopes e Cia Ltda) com uma camisa branca com cinco estrelas azuis, e um goleiro com uma camisa amarela, piramos.
Quando adentramos naquele estádio pela primeira vez, levamos um susto, era tudo preto e branco, e lá estávamos nós, numa minoria espantosa.
Não sabíamos o nosso hino, acho que cantávamos qualquer coisa, mas não adiantava, eles tinham hino
E, de repente um garoto chamado Natal faz um gol, houve um grande silêncio naquele panelão. Não lembro se era uma final, mas ganhamos.
Quando o juiz apitou o fim do jogo estava concretizado o que queríamos, torcer por uma camisa diferente das outras, sem cópia.
Há partir dai os novos torcedores passaram a escolher o seu time sem a interferência e herança dos pais, mudaram os conceitos de torcer, pois os pais dos jovens chineses passaram a torcer por uma jovem China Azul.

1966 – 9 anos de idade.
Os garotos eram os Campeões do Brasil, contra o Santos de Pelé e Cia.
Não me lembro da nossa reação, nem onde estávamos só sei que deu no radio.



1971 – 14 anos de idade.


O nosso maior rival foi Campeão Brasileiro, choramos e sofremos.
E para piorar, Tostão, foi vendido, isso doeu mais do que o campeonato ganho pelo rival.

1974 – 17 anos de idade.

Fomos roubados escandalosamente no Maracanã, com um gol legítimo de Zé Carlos (um maestro) anulado no final do segundo tempo por um tal Armando Marques.
Aquilo foi uma punhalada e um prato feito para os rivais.

1975 – 18 anos de idade.
Cruzeiro x Internacional
Num jogo que poderíamos jogar o dia inteiro, e a bola não entraria, Nelinho chutou de todas as maneiras, mas debaixo das traves tinha um goleiro chamado “Manga”, que nesse dia, parecia ser um homem-aranha. Perdemos com a sensação de que os Deuses do futebol estavam contra nós.

1976 – 19 anos de idade.

Morre Roberto Batata.
Mas, um bailarino chamado Joãozinho fez uma molecagem, e “Libertamos a América”.
Éramos Campeões da Libertadores da América.
Então, descobrimos que os meios de comunicações eram em preto e branco, e não tinham nenhuma criatividade, pois era só escrever uma frase “Tudo Azul na América do Sul”.
Vice-campeões do mundo, contra a poderosa seleção alemã, ainda não tínhamos experiência contra times europeus, mas valeu pelo grande jogo no Mineirão.
Lembramos desse jogo com muito orgulho.
Começa o crescimento dos pequenos chineses.



1977 – 19 anos de idade.

Perdemos a América numa disputa de pênaltis, mas ficou empatado, pois o rival perdeu da mesma forma o Bi Brasileiro que para nós foi como se fossemos campeões.

1978 (20 anos de idade) a 1982 (24 anos de idade).

Começa a nossa decadência e ascendência do rival e adversário.
Fizeram um timaço, comandado por Rei-naldo e Cia Ltda.
Enquanto nós só poderíamos fazer uma coisa, torcer contra eles, felizmente para nós eles não ganharam nada.



1983 (25 anos de idade) a 1990 (33 anos de idade)

Década negra, para ambos os lados, times medíocres.



1991 e 1992

Bicampeões da Super Copa, com um time de médio para ruim.

1993

Campeão da Copa do Brasil, com um time horroroso.


1996

Bicampeão da Copa do Brasil, um aborto do futebol, pois o adversário era infinitamente melhor, coisas do futebol.




1997

Campeão da Copa Toyota Libertadores da América, contra um adversário sem nenhuma tradição.
Acabava a magia de uma competição, que conquistamos em 1976 contra um dos maiores times da Argentina o temível River Plate.
Vice-campeões do mundo com um time de mercenários que não é bom nem lembrar.

1998

Vice-campeão do Brasil com um time limitado, pouco criativo e um técnico que nasceu para ser vice, pois se acovardou em São Paulo colocando o time na retranca quando o único resultado que nos interessava era a vitória.
Graças a Deus não fomos campeões, pois seriamos um campeão comum.



2000

Tricampeões da Copa do Brasil, com um time bem melhor e, que começou a nos convencer que estávamos no caminho certo.


2003 46 anos
TRÍPLICE COROA

Então, há tão sonhada estrela amarela, com um time que lembra os times de 1976 e 1966, um time de toque refinado, com o goleiro Gomes tão criticado pelos meios de comunicações, mas apesar da sua juventude fez a torcida esquecer o Dida e lembrar Raul.
Com uma zaga experiente com Cris e jovem com Tiago, Edu Dracena e o apoio dos laterais Leandro e Maurinho.
Com Alex, toque sutil, assistências e finalizações perfeitas, cruzamentos e faltas com cara de gol.
Com a garra do chileno Maldonado.
Com domínio de bola de Ariztizabal, e vários gols.
Com os desconhecidos Mota e Marcio Nobre que fizeram sua parte em jogos decisivos.
Com as pratas da casa Wendel, Luisão, Augusto Recife e Marcio.
Com a ausência de Devid (o matador nato).
Com o azar das contusões de Sandro, Batatais e Martinez.
E com a competência de Wanderlei Luxemburgo que conseguiu manter o time concentrado, sem inventar esquemas táticos, fazendo as substituições nas horas certas.
Com uma comissão técnica brilhante.
Com um presidente pé quente e inteligente.

Parabéns Cruzeiro Esporte Clube.
Edifica-se a “China Azul”.


Nenhuma parte desta obra pode ser
utilizada
ou reproduzida – em qualquer meio ou forma,
seja mecânico ou eletrônico, fotocópia, gravação,
etc,- nem apropriada ou estocada em sistema
de dados ou processos similares, sem a
autorização expressa do autor.

Todos os direitos desse livro são reservados ao Autor.
Autor: Marco Túlio de Souza (Dú)
Conselheiro Lafaiete, 20 de julho de 2003.
E-mail – mart51@uai.com.br

Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui