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Poesias-->UMA DAS MULHERS QUE ME HABITAM -- 05/10/2006 - 23:05 (Tereza da Praia) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
UMA DAS MULHERS QUE ME HABITAM



Tereza da Praia







Mulher pura e recatada,



Leva a vida enclausurada,



Foge de si e de seus pecados,



Cometidos no breu da noite,



Quando o vento lhe serve de açoite.



A vida tem lhe moldado a ferro e a fogo,



Tem podado os seus renovos.



Mulher que vira brasa, labareda



Incendeia, se aniquila



Pela solidão se envereda,



Bebe a taça da amargura tranqüila.



Mulher em estado líquido



Derrete, escorre, serpenteia



No meio do nada, do sem sentido.



Com as mãos faz da vida sua teia.



Ri de si, se mostra contraditória,



É um ser bem transitório.



Mulher que se deixa levar pela vida



Rio domado, presa, desvalida,



Feito lagoa serena,



Ou touro na arena.



Entrega-se, despede-se de tudo



Faz-se silêncio, fica muda.



Vive o absurdo, desnuda-se.



Traça novos horizontes,



Arrebenta as comportas,



Destrói as pontes



Entrega-se ao turbilhão,



Transmuda-se em pura emoção.



Mulher rio caudaloso



Sem controle, sem peias



Sangue latejando nas veias



Olhar ansioso.



Sente medo, sente frio,



Constrói novo espaço



Quase blindado a aço



Transcende seu cio,



Controla a força do delírio.



É Rio manso, cauteloso.



Mulher tempestade,



Raio, trovão, tempo nebuloso



Governada por forte paixão.



Mulher rio corredeira,



Rompe as margens



Transborda, alaga



Numa fúria desbragada.



Perde os limites na voragem



Leva consigo arvores, galhos,



E todos os atrapalhos.



Como brincadeira,



Vira lagoa,



Com água serena e boa.



Mulher que se faz pássaro



Remigra, voa



Ao seu novo destino...



Aquele de ser menina.



Descobre uma nova sina



Faz-se barco no meio do nada



Sem remo, sem rota.



Mulher à deriva...



No mar da vida



Perdida...





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