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Poesias-->poemas de andar Estrada -- 02/10/2006 - 18:32 (Elane Tomich) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Estrada

Elane Tomich



Meu companheiro de nada,

pise comigo esta estrada

não veja em mim completude,

que a alma é de grande amplitude,

de tal porte, que amiúde,

juntos iremos sozinhos,

ombro a ombro em igual caminho.

Cada qual leva um estilhaço,

de um arco-íris, pedaço,

até juntarmos as cores,

dos nossos matizes de dores,

dos nossos pedaços de cruz,

e, estaremos, certamente,

no ponto, em que exatamente,

um arco-íris em cruz,

será nosso abraço de luz.

---------------------

Andança

Elane Tomich



Faremos

esta inevitável andança pela vida.

Levaremos

florais e coisinhas eventuais

Mochilas nas costas,

metas não convencionais

traçadas em mapa

a serem desvendadas

ou, em passadas construídas

durante a caminhada.

Atravessaremos a grande duna.

Escorregaremos por encostas

macias, fora da gente,

sovando, de repente,

dentro do peito, escarpas.

Desvendaremos as lacunas

ou será que construímos vazios

em repetidos rodopios

nas pegadas que desfizemos?

Qual o ângulo certo do compasso?

A lacuna parida,

é a meta que escondemos?

Nosso tesouro e segredo

é o nosso camuflado medo?

Acertaremos o passo

e as conveniências...

Precisaremos

de cordas de sisal

hífens e combalidas reticências,

atando por dentro

o que for preciso lá fora.

Espaço não avistado agora,

sentido inominado escora

no impulso, o atributo.

Escalaremos ainda

a emoção da aventura

do peito, interna catedral pura

pedras de dores mumificadas.

Reencaminharemos ao paraíso, o fruto!

Acharemos um rio de corredeiras.

Um de nós enfrentará o vôo nas águas

Outro, ficará à beira,

pescando tambaquis

colhendo folhas de bananeiras

e frutos de jataí.

Lançarei o anzol ao fundo do coração

e lá serão fisgados

a dor, a complacência,

os alevinos embriões de amor

em não vivida inocência

Pararemos em alguma estação

qualquer, Esperança ou Paz.

Tanto faz...

Que o sentido maior

é a emoção do mutirão.

Teus olhos confirmarão

advérbio de algum lugar

e escorrerão por entre os dedos

das minhas mãos,

poeira invisível

ânsia insana da busca palavra certa,

aquela que te impressionaria

pouco mais que o sofrível.

Na palma da mão aberta

a inconfidente alegria

dos rabiscos e riscos

do verbo mais-que -amar.



_________________________



Passeio de Outono

Elane Tomich.



... sobrara um restolho de sol,

quando um certo ar do outono

rabiscou-nos de arrepios

apartando nosso abraço.

Preguiça frouxa nos laços

sussurros da noite em prol

da batalha contra o frio

saga nossa do abandono.



Paisagem diferente,

nesta chegada ao exílio

no chão de dentro da gente."



...do latifúndio do medo

vinha toada em segredo:

"pior o aquecer que se apaga

deixando no peito a brasa."

Tu, em vagas, me dizias:

" o tempo pulsa em teus braços

com tremores de abandono".

Ao qu eu a ti, respondia:

"meu amor, é só o outono!



veja a folha que se perde

dançando na ventania

na despedida do verde"



.Um cristal deslagrimado,

caindo ao chão da face!

Pedra de amor indo embora.

no leito de um rio rachado

que antes de secar, para!

Como se tudo morasse

num carrossel pau de arara,

roda de espera e demora.

.

A-deuses velhos, sem jeito,

e o sarcasmo das horas

deitaram-se em nosso leito.

Exato ponto em que choras,

por um horizonte precoce,

cão que se afasta sem dono.

Tempo girando em ciranda

a fé, a dor e o abono

qu em reta a vida não anda

assim como se não fosse...



Foi nosso último outono!

________________________



CAMINHADA

Elane Tomich



Parti de grande saudade

Verdadeira eternidade,

Abri uma porta indecisa

Tentando achar a divisa

Entre a estação das secas

E a época das tempestades.



Talvez deva ir a Meca

Em busca de outra verdade

Talvez entrar numa igreja

Ou seja lá, o que seja

Abrir minha própria estrada,

De amor, noutra empreitada.



_______________________________



Na Rota do seu Perfume

Elane Tomich



Na rota de seu perfume,

sigo

e, não saio imune.



Sei, que não obstante,

o perigo

é ambulante.



Pode estar na esquina,

ou no opaco

da sua retina.



Estarei no seu mirante

marco

de um só instante.



Vejo aquarelas d alma

e em você

águas calmas.



Do acaso, estreante,

quero ser

seu praticante.



Lábios aveludados,

e amolecer

pecados.





Ai... reecontro a rotina

à mercê

de uma buzina.



A voracidade dos prédios

prevê

nossa volta ao tédio!



_________________



VIAJANTE

Elane Tomich



O que é o que é,

que trazes do amanhã

no teu bornal tão cheio?

Espanto , intenções de afã,

contas repletas de fé,

ou sonhos com recheio?

Pusestes na tua sina arreios

ou te deixastes ir,

sem teu rumo distinguir,

ao Deus dará sem freios?

Encontrastes " A Cruz da Estrada"?

( É o poeta quem pergunta! )

Ou parastes na encruzilhada

e o "sem porquê" te assunta?

É de ontem tua bagagem,

repleta do que não alcanças

ou, desta viagem



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