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Poesias-->CANTICO PARA ALGUÉM ESPECIAL II -- 02/10/2006 - 14:51 (Tereza da Praia) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
CANTICO PARA ALGUÉM ESPECIAL II

Tereza da Praia



O que quero ainda não sei ao certo.

O que não quero sei com exatidão.

Sabe, o que não quero é estar perto

Dos olhos e longe do seu coração.

O que não quero é estar longe dos olhos,

Longe do coração, agindo pela razão,

Reprimindo toda minha emoção.



Sabe que eu não queria jamais?

Sair, partir, fugir, ir embora,

Reconhecer que você me magoou demais,

Lá fora encontrar alguém, sem demora,

Que comigo fizesse amor sem pressa

Sem me perguntar que hora é essa.

Alguém que não me fizesse sentir ninguém.



Sabe o que eu não queria nunca?

Encontrar você às escondidas,

Como fossemos dois bandidos

Na calada da noite, aduncos

A olhares da vizinhança maliciosa.

Amar com tempo determinado,

Algumas horas mais nada.



Eu não queria esta magoa silenciosa,

Como câncer, roendo minhas entranhas.

Eu não queria sua indiferença asquerosa

Que me faz sentir catraia, uma estranha.

Eu não queria alegar minha bondade

Cobrar de você e da vizinhança consideração,

Reconhecimento e gratidão.

Ternura e gentileza, por caridade.



Eu não queria, mas não queria mesmo,

Perder-me na noite, andar a esmo.

Encontrar alguém que me desse um colo,

Oferecesse-me um ombro para eu descansar,

Que me auxiliasse a colocar os pés no solo

Ver que foi uma ilusão, um enganoso sonhar.

Que nem um ato amável posso esperar.



Eu não queria, não queria de verdade?

Enxergar que as pessoas andam loucas

Não reconhecem um gesto de amizade

Não me escutam, fingem-se de moucas.

Dão a esta loucura o nome de liberdade

Em nome dela, praticam toda crueldade.

São amigos de todos, mas não gostam de ninguém.



Sabe o que eu não queria, meu bem?

Dizer pra você em versos, que deveria ser prosa.

Não queria mendigar o seu carinho também,

Muito menos pedir que me desse uma rosa.

Eu não queria sair do interior do meu interior

Pra descobrir porque você me agride, me combate,

Esconde-se pela vida, silencia, me maltrata.



Eu não queria ser a passageira,

Viajante do banco traseiro.

Cantando, fazendo brincadeiras

Pra disfarçar as lagrimas de dor.

Não queria reprimir o meu desejo de amor,

Minha vontade de intimidade,

Meu sentimento de saudade.



Eu não queria estar sentada neste computador

Literalmente com-puta-dor.

Esperar seu nome aparecer na tela da imaginação.

Para eu sentir pulsar e bater forte meu coração

Sabendo que nada vai mudar seus atos e sua ação.

Eu não queria que você estivesse invisível pra mim

Eu não queria estar invisível pra você enfim,



Sabe o que eu não queria, meu amor?

Ir com você pra um lugar qualquer

Onde você tivesse sempre pra contar

A história de encontro com outra mulher.

Eu não queria chorar até cansar,

Beber minhas lágrimas pra ninguém notar,

Engolir meu desejo de te amar.



Não queria que Deus me ouvisse,

Pois foi tanta bobagem que eu disse,

Que minha alma se envergonha.

Não quero ficar tristonha,

Não posso estar risonha

Não sei se passou o amor,

Não sei se é porque é grande a dor.



Sabe o que eu não queria, meu bem?

Tantos programas virtuais de conversa

Pra tão pouco diálogo e pra tanto verso.

Amor líquido que ferve e se evapora,

Assume qualquer forma, condensa, me devora.

Um enigma da esfinge que exige: decifra-me

Devoro-te. Não sei se quero esquecer-te.



Tereza da Praia

Série: Fera Ferida ou um mar que espera?



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