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Poesias-->PERFÍDIA -- 28/09/2006 - 01:13 (Joel Pereira de Sá) |
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PERFÍDIA
Tua tristeza deixou
escapar meu pensamento
cortou cortinas de ferro
misturou-se ao desalento
foi capaz de desbravar
o meu mar de ego bento.
Trouxe o refúgio profano
quando eu pedi que me amasse
esqueceste que era eu
quem estava nesse impasse
mordeste meu peito como
se eu pedisse que marcasse
um lanho em minha alma
com o punhal de tua face.
Carinho? Ah! Que carinho?
teu carinho é uma espada
com dois gumes afiados
golpeaste desapiedada
tens um sestro assassino
de fazer do tudo nada.
Aqui caído em teus braços
não sou capaz de livrar
nem eu nem meu pobre peito
do teu hábito de sonhar
ao querer mudar o mundo
fazes o petardo estourar
meu coração que é frágil
em pedaços vai ao ar.
0000Joel de Sá0000 |
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