Essa vem de Bertolt Brecht, um poeta alemão que viveu na primeira metade do século passado. Sua caminhada por aqui “coincidiu” com a emergência do Teorema de K. Godel na matemática e com as descobertas da Física Quântica. Para o biólogo R. Sheldrake, uma ressonância mórfica. O poema me foi encaminhado por um aluno, orientado do Lab-Caos, o Pedro Bisson. Valeu, Pedro, e aí vai o poema com toda profundeza:
"Desconfiai do mais trivial, na aparência, singelo.
E examinai, sobretudo, o que parece habitual.
Suplicamos expressamente: não aceiteis o que é de
hábito como coisa natural, pois em tempo de desordem
..., de confusão organizada, de arbitrariedade consciente,
de humanidade desumanizada, nada deve parecer natural
nada deve parecer impossível de mudar." (B.BRECHT)
Pois é, não é uma grande dica para todos nós? Desconfiar de tudo que parece ser habitual não é uma indicação da própria Teoria do Caos, em sua mais sutil sabedoria? Perceber padrões habituais e discernir quais são bons e harmoniosos em seu porvir, não é uma tarefa fácil, pois exige sensibilidade, intimidade com o sutil. Quem não acredita no sutil, se auto exclui da busca. Como já falamos, todos temos crenças, de um jeito ou outro. Para eles, há uma crença de que o sutil não existe e só importa o material, o concreto, o rígido e, assim sendo, a realidade é uma só para todos. Eles estão muito mais para SS do que para SDCA. Por outro lado, para os que abrigam hoje crenças que vão além do clássico, há boas possibilidades de percepção. Os padrões habituais que temos estão nos encaminhando a quais tipos de atratores? Esses padrões habituais nos encaminham para onde daqui a algum tempo? Eles realmente nos interessam? Precisamos fazer ajustes, mudanças? Quais? Como? Sem a percepção dos padrões atuais em que estamos envolvidos, não há como saber fazer mudanças de rota. Vamos aproveitar a dica da natureza que rega a atmosfera com uma chuva tão necessária quanto deliciosa nesta pré-primavera, vamos arregaçar as mangas, ou seja, os neurônios, e focar nossa energia em transformar os fractais antigos indesejados naqueles com os quais melhor nos sintonizamos? Thanks Brecht...
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