Vagando na imensidão do infinito,
Surfei nas ondas dos mares etéreos,
Desenhei no céu aquele azul bonito,
Auscultei, do Cosmo, os insondáveis mistérios.
Na esquina da vida quase morri de tédio,
A busca do saber deixou-me a mente turva,
Para o envelhecer não encontrei remédio,
Ao peso dos anos, a carcaça está curva.
Deus me fez ver certo por vias tortas,
Escapei de onde o diabo perdeu as botas,
No extremo pontal onde o vento fez a volta.
Zanzando pela vida, contando lorotas,
Já atingi, de sacrifícios, minhas quotas.;
Enfim, ao asilo estou indo, sem escolta.
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