Delírios
No véu suave dos teus escritos
Debruço-me novamente...
Nas frases em que te desnudas,
E que acaricio com minha imaginação...
Tua boca fala-me de amor,
E não a tenho,
E no entanto meus beijos
Desejam encontrá-la...
Meus olhos mergulham no oásis dos teus pensares.
Por um momento, o corpo cede e te acompanha,
E a alma, sorri agradecida.
Instantes depois,
A mente viaja...
Misturo tuas palavras
Num cenário que desconheço.
Meus pés indecisos olham em volta...
Há no aroma do vento
Vestígios da solidão que esvoaça tua alma
Vagueio, passeando em teus silêncios
O horizonte é amplo
E meu pequeno passo, vacila!
As imagens se bifurcam,
e em todas elas
Há rastros de sonhos...
O coração chama a atenção
Do meu pensamento absorto.
Perguntas e mais perguntas...
A minha lucidez parece embriagada
E trilha as estradas que tuas mãos percorreram,
Enquanto te desenhavas em emoções.
Paro...
Acho que deliro!
Ainda assim,
Envio-te o fluxo constante
que, instante a instante
Flui de meu coração
e deságua em minhas mãos...
Poesias que, desvairadas
Escrevem em solidão,
E sussurram
Versos em flor
Nas linhas do universo
Onde me conduz esse amor...
© Fernanda Guimarães e J.B Xavier
Em 10.01.01
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