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Contos-->Um certo cidadão no tribunal: -- 22/08/2005 - 12:52 (Flavio Luiz da Silva) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Queira aproximar-se o reclamante, no caso Fulano de tal contra o estado.
Sim senhor meritíssimo juiz, sou eu Fulano de Tal.
O senhor não tem advogado?
Não meritíssimo, as circunstancias não me permitiram.
Consta aqui nos autos que os advogados do estado não quiseram representa-lo.
Entre muitos problemas que tive esse foi o menor.
Então senhor Fulano de Tal, o senhor esta reclamando a esta corte que revogue judicialmente os seus últimos 10 anos de vida.
Sim meritíssimo, quero o direito legal de dizer que tenho 28 ao invés de 38.
Mas senhor Fulano sob quais alegações o senhor acha que tem esse direito?
Meritíssimo Juiz, os meus últimos 10 anos foram os piores da minha vida, eu os perdi vivendo da pior forma possível. Primeiro, me tornei empreendedor de um empreendimento que não só fracassou como também consumiu todos os recursos que eu tinha e que ainda venha ter. Não ganhei um centavo só perdi, não conheci o lucro, mas fui intimo do prejuízo. Segundo: tive um casamento no qual eu me dediquei no propósito de ser feliz, mas fracassei. Foram dez anos dedicados a uma só mulher, que no final das contas não estava interessada em dedicação. E por ultimo senhor juiz, todo mundo diz que pareço dez anos mais novo, apesar de tudo...
Mas senhor Fulano o que essa corte tem haver com seus fracassos. Não podemos fazer nada, o senhor cometeu erros e agora tem de arcar com as conseqüências.
Discordo senhor meritíssimo juiz, acompanhe meu raciocínio: Quando abri legalmente a empresa, agora falida, eu fui submetido ao julgo da justiça comercial, depois a justiça tributaria que me cobrou altos impostos sem falar da justiça trabalhista. Em todos estes casos a justiça se manifestou sempre contra minha pessoa, fosse jurídica ou física. Em momento nenhum a justiça foi clara ou compreensível. Desta forma, como cidadão mal tratado por esta justiça, eu venho pedir a este tribunal não uma indenização em dinheiro, mas sim a devolução dos meus dez anos perdidos nisso.
Certo senhor fulano, suponhamos que o senhor esteja certo neste argumento, que fique bem claro só supondo, que argumento o senhor teria para culpar a justiça quanto ao seu casamento fracassado?
Senhor meritíssimo, é muito simples quando casei no cartório lá havia um juiz de paz e ele foi negligente no tocante a me alertar dos perigos do casamento. Ele, por exemplo, não me falou que eu teria que estar sempre disponível para a mulher, enquanto ela estaria disponível, com muita sorte, uma vez por mês. Não me avisou que se eu me dedicasse muito a ela, me tornaria desinteressante. O dito juiz de paz não me alertou que o casamento é um negocio escuso onde não há lógica e nenhuma honestidade, e que se eu fosse honesto acabaria mal falado. O juiz de paz cobrou uma taxa pelo registro e não deu nenhuma garantia. Portanto senhor juiz eu culpo a justiça por ser injusta com a minha pessoa e venho cobrar, não uma importância em dinheiro, mas sim a devolução judicial dos meus últimos dez anos de vida, dando o direito à minha pessoa de ter novamente 28 anos de idade. Com essa idade terei mais chances de arrumar um emprego, não serei chamado de tio pelas jovens mulheres, não terei embaraços de fundo psicológico em freqüentar outra faculdade, em fim serei um novo homem literalmente.
O juiz bate o martelo e diz: “prendam este maníaco surtado, caso encerrado”.
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