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Contos-->EnContro Com o LuMonê (Conto Real) -- 21/08/2005 - 21:37 (Rose de Castro) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
EnContro Com o LuMonê
(Conto Real)


- Alô, Patrícia?
- Oi, Rose. Tudo bem?
- Tudo sim e vc?
- Aqui sem nada pra fazer.
- Ótimo. Quer sair comigo? – perguntei receosa, pois minha amiga é fisioterapeuta e esteticista, nem nada haver com poesias ou escritos, mais teatro ela ia gostar – Vamos?
- Aonde Rose?
- Vou receber uns amigos de Monte Alto.
- E de onde conheceu os amigos?
- Do site que escrevo.
- Do site? E conhece bem as pessoas? – Patrícia é bem ponderada e gosta de tudo muito claro – O que eles vêm fazer aqui?
- Ah! A galerinha de lá vem apresentar uma Peça de Teatro na Rádio Nacional e meu amigo Lumonê me convidou pra assistir. A peça é sobre os cantores do rádio...
- Lumonê? Esse é o nome dele?
- Claro que não né, Pat! É Luis Mozzambane
- Ah...entendi...é pseudônimo.
- É, Patrícia...mas...vai ou não comigo, amiga?
- Vou sim. Quando?
- Eles chegam amanhã. Do Hotel vão me ligar.
- Só conhece a ele?
- Sim. A esposa dele se chama Ju, e virá também. Já me passou as fotos da galera, inclusive do tal amigo dele, o Sete, responsável pelo projeto cultural.
- Ok. Que horas então?
- Ah...Vem cedo amiga...Preciso das suas mãos de fada. Tenho que dar uma arrumada no visual. Ajuda-me?
- Claro Rose. Estarei aí às nove.

Desligamos o telefone. Eu estava eufórica. Ia conhecer o meu amigo virtual Lumonê. Absorver sua criatividade. Participar do seu mundo. Conhecer sua gente...

Acordei cedo. Patrícia como sempre chegou atrasada. Sempre calma, me disse: “Dá tempo pra tudo. Fique tranqüila".

Eu olhava o relógio. O telefone toca. É ele...

- Oi! Estamos aqui no Hotel. A apresentação será as 13:00 h.
- Ué, Lumnonê! Você não falou que seria as 14:00?
- Falei? Não...Será às treze.

Desliguei o fone e falei: “Pat! Vamos correr... não vai dar tempo... será que não é melhor encontrarmos com eles na porta do teatro?”.
- Dá tempo sim, Rose. Dá tempo...

Patrícia é tão calma que é impossível ficar nervosa ao seu lado. Somos opostos. Eu agitada e ela calma. Acho que por isso nos damos tão bem. O que falta em uma, sobra na outra.

Chegamos no Hotel. Falei com a Portaria e ligaram pro quarto. Um rapaz educado me disse: “Eles já estão vindo”. Agradeci e sentamos no sofá confortável e como gostei de ver espelhos por todos os lados...Será que sou narcisista?

Havia um ônibus parado em frente ao Hotel e começou a aparecer à galerinha. Adolescentes vestidos de cantores do rádio. Nós estávamos sentadas um tanto quanto afastadas deles, mas a euforia em que se encontravam me faziam sentir alegria. Vez em quando olhava pro corredor pra ver se o Lumonê vinha. Olhava e Pat também. De repente, apareceu o casal. Apreciei feliz. Era meu amigo e sua esposa Ju. Falei pra Patrícia: São eles.

Apresentações feitas, pouco tempo para o relógio e fomos pro teatro. A peça foi um espetáculo. Todos os cantores do rádio estavam ali representados pelos jovens atores. E o Noel Rosa? Não...Gente...era o próprio reencarnado.

Lumonê andava de um lado pro outro, registrando os momentos. Sua esposa Ju – calma e serena – sorria ao meu lado. Arriscávamos algumas conversas, mas a peça não dava para perder.

Terminado o espetáculo, ficamos resolvendo o que faríamos. Se íamos à praia ou ao Corcovado. O amigo Sete avisava que o ônibus ia fazer um tour. Lumonê nos chamava pra ir. Não achei que deveria, pois eles já estavam todos contados.

Sentamos numa lanchonete da esquina. Eu e Lumonê tomamos um chope bem carioca com sanduíches pré-fabricados. A Jú tentava comer uma esfiha de carne. Patrícia agarrou-se a um sanduíche e seu suco diet. O tempo era mais curto. Algumas palavras trocadas. Risos.

Chegou à hora. Muita coisa por dizer, mas grandes emoções vividas. Um dia feliz. Um dia amigo. Um dia de compartilhamentos e unificação de cidades.

Nos despedimos. Três beijos como eles fazem. Todos se dirigiam ao ônibus:

- Adorei conhecer vocês...- suspirei pelo pouco tempo que desfrutamos.
- Nós também...

Lá se foram meus amigos, na esperança de um breve retorno. Lembranças arquivadas, fotografadas e salvas para sempre, no meu coração de polvo. Povo que se mistura a outros povos.

Lembrança que não serão jamais apagadas.

Amigo Lumonê... esse conto é pra você e pra todos que me receberam com grande carinho, simpatia e cortesia.

Parabéns pelo trabalho de vocês. Abraços à Ju e ao Sete. Ao Prefeito de sua cidade e todos os componentes da Peça, que foi um brilho só e nos mostrou que cultura não tem idade.

Beijo no seu coração criativo.

Rose de Castro
A ‘POETA’

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