Que saudade eu já sinto
Da Gina e do Jacinto
Do Manuel e da Birinha
E dois anjos de candura
Duas crianças de alma pura
O João e Martinha
Do Tó e da Maria
Do Nuno sem maldade
Da Inês Raquel e a avó Laurinda
Com seus rostos sorridentes
São gerações diferentes
Mas uma só saudade
Da Filomena e o Joaquim
E seu café de liberdade
Cada qual se serve a vontade
Tudo isso me traz saudade
Não são apenas parentes
Estão sempre frequentes
como família de verdade
E tasca da Carolina
Com perfil chique, mas modesto,
Proprietária sem ambição
O seu grande coração
É do tamanho do universo
Amo a todos de coração
Meu amor é fraternal
Amor fraterno é verdadeiro
Não é amor passageiro
Como é o amor carnal
Quem sabe ainda amenizo
Esta saudade;
Mas nunca vai terminar
Saudade é defeito de quem ama
Acende no peito uma chama
Só DEUS pode apagar
