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Infanto_Juvenil-->O ego da Rosa -- 21/09/2003 - 20:42 (Claudia O Hama) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Era uma vez, numa vila muito bonita e feliz, um belo jardim de rosas. O mais formoso de toda a região! Era um senhor de cabelos e barba brancos, com um sorriso bondoso quem cuidava das flores, com muita dedicação e amor. Ao lado da pequena casa desse jardineiro com “mãos verdes”, morava uma rapariga muito, mas muito mesmo, vaidosa. Adorava possuir coisas bonitas e cobiçadas.

E, nesse contexto, nasceu, ao alvorecer do dia, sob um céu colorido de azul, rosa e amarelo, uma rosinha tão perfeita, tão bela e delicada que logo prendeu a atenção de todos. Chamaram-na Rosinha Mariego.

Todos no jardim admiravam a beleza de Mariego. Elogiavam o seu viço, a sua cor, o seu perfume, a sua delicadeza... Diziam que era o mais belo botão de rosa da região! Mariego se enchia de orgulho, e, tão novinha já se admirava como Narciso, nas gotas de orvalho que brilhavam nas pétalas das outras flores. Tornou-se incapaz de enxergar a beleza alheia. Assim,não demorou muito tempo para que a jovem rosa considerasse o jardim do bondoso senhor, muito pobre e indigno para ostentar a sua incomparável beleza. Cobiçava morar na imensa mansão da rapariga vaidosa, sua vizinha. Admirava, de longe, os belos vestidos, as jóias brilhantes, os vasos de cristais da moça. Imaginava-se tratada com águas francesas e fortificantes holandeses. Muita sombra e coisas bonitas ressaltando sua própria formosura, ela, Mariego, num vaso de cristal embelezando o centro da imensa mesa de mogno brilhante!

Talvez seu desejo tenha sido tão intenso que tenha despertado a atenção da rapariga. Mariego exultou de alegria quando a moça se aproximou do jardim, com os olhos verdes fixos no rosa que começava a desabrochar. A moça conversou longamente com o jardineiro, pedindo-lhe Mariego. O bondoso jardineiro não suportou ver as lágrimas da bela rapariga e, cuidadosamente, colheu Mariego e entregou-a para a moça. Sentiu, em seu coração, que a pequena rosa desejava ir com a rapariga.

Mariego ficou deslumbrada com tanto luxo! A bela rapariga levou-a direto para o quarto e a colocou num vaso de cristal. Ah, que delícia, que frescor! Quantas coisas maravilhosas havia naquele quarto!

A rapariga estava se banhando e Mariego exibia sua beleza, pela vidraça da janela, olhando desdenhosamente para o belo jardim de onde viera. Lá estavam todas as flores expostas ao Sol, à chuva, ao vento, aos pássaros e aos insetos. Oh, como pudera suportar tantas agruras? Nascera para reinar única e soberana naquela mansão! Apesar de ter visto muitas Orquídeas e alguns Lírios pela casa. Oh, não vira seu vaso com terra, mas haveria de ter um, afinal, como poderia viver? Esperava que fosse dourado como o Sol, ou prateado como a Lua. Com muitos enfeites, como o belo vestido branco pousado sobre a cama da rapariga.

Súbito, a moça entrou no quarto, vestiu seu traje branco, penteou os belos cabelos louros, enfeitou-se toda, catou a rosa, cortou-lhe o caule, colocou-a entre os cabelos e foi ao baile da elite da vila. Foi a rainha da festa, dançando a noite toda!

Muito mais tarde, quase ao raiar do dia, voltou para a casa, despiu-se e dormiu. A lua, já estava se indo, mas, piedosa, aguardou o último suspiro da pobre Mariego, esmagada no travesseiro de penas da bela rapariga. O primeiro raio de Sol iluminou apenas um enfeite sem vida, solitário, na fronha branca.


Claudia O Hama- yahoo.com.br
SP 21/09/2003


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