Li uma "cacofonia" tão enfadonha num texto de "Eróticos",
atribuída a mim, que até me fez esquecer temporariamente
a "arte de versejar"...
Vejo que, com a demência, vem também o estado "ilusório"...
Pelo menos, para uma declaração tão estapafúrdia e inverossímel, deveria "prover-se", o espécime vil, de uma expressão um pouco mais decente,
isto é, abrasileirada, na melhor das hipóteses.... Pois o meu estilo é um pouquito mais sutil, nesses assuntos.
O que li (e ri às gargalhadas) é algo assim... Como direi...
Hum.... Creio que Rui Barbosa diria "De Paneleiro para Viado"...
Mas, como a horripilante criatura declarou que estava ensaiando a livre expressão "bocagiana", não é de se estranhar.
Ah! Grande du Bocage...
"Meu ser evaporei na lida insana
Do tropel das paixões que me arrastava..."
Quanta linhagem neste exímio escritor...
E refletindo sobre a literatura portuguesa,
veio-me à mente privilegiada uma simples indagação:
Por que nós, brasileiros, conseguimos compreender (e analisar) tão bem os grandes poetas lusos, de Camões a Saramago... E dos imbecis "amadores hodiernos" chega-nos uma linguagem truncada que nos parece um outro idioma?
Os sonetos camonianos, por exemplo, nada têm nas expressões que os diferenciem dos de Vinícius, o que este, com muito orgulho, declarou-se discípulo incondicional...
Deixo para os mais jovens um tema interessante para uma "Tese de Mestrado"...
Parece-me simples. E se houver algum interessado, procure-me.
Ando pensando em ganhar dinheiro com meus conhecimentos filológicos.
Já fui convidada a escrever um artigo sobre um escritor portuga, falecido há um tempinho. Deram-me farta biografia sobre o gajo. Imaginem...
Na promessa, estaria um convite do chefe da Câmara de Lisboa, se não me falha a memória. Algo que, nem de longe, tocou-me a curiosidade...
São mistérios!
PS. Mais uma vez, aviso que não revisei o texto... Saiu "ao correr da tecla". *rs*
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