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Contos-->O sabonete de motel -- 11/08/2005 - 10:18 (Leonardo Vivaldo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Oi amor! Chegou? Como foi a... Jr. Sente o bofete certeiro que lhe golpeia em cheio a sua face direita, rubriando-lhe o rosto já vermelho pelo longo tempo de caminhada ao escaldeijante sol da Capital Central.
Safado, filho de uma puta, canalha mentiroso. Cafajeste desprezível. Traidor safado. Adjetivava Jr. de todas as formas possíveis.
Jr. sem esboçar qualquer reação agressiva diz: Más “bem”, o que foi que eu fiz? Porque o tapa? Afastando a mulher com as mãos de forma aão levar mais nenhum golpe certeiro. Ludmila com a mão vermelha, do tapa, certeiro dado na cara do safado, que estava de barba feita, lhe responde: “bem” uma ova! é só eu sair de viagem, a trabalho, por dois dias... Puta que te pariu Jr. Ai você pega e me córnea! Seu cretino canalha, filho de uma... Calma “bem”. Jr. corta Ludmila tentando contornar o assunto e entender o porquê da acusação. Salafrário. Filho de uma rapariga... Hei! Espera ai! Como você pode dizer algo assim, de tão grave acusação? Responde Jr. que era um exime enrolador. Berrando como se fosse o dono de toda a veracidade. -Séria mesmo? Ludmila totalmente fora de si, toma fôlego e continua a sua incriminação com os olhos transbordando em lágrimas. Você tá vendo isso aqui, olha, seu canalha embusteiro. Epa! “bem” , assim já ta me ofendendo. Jr tenta contornar o acontecido. Olha aqui na minha mão! Olha mentiroso safado. A mulher com os olhos vermelhos de raiva continua. E ainda ontem mesmo, me ligou todo carinhoso dizendo que estava com saudades e pensava em nós dois, transando freneticamente, quando eu chegasse de viagem. Filho de uma vaca. Ludmila não conseguia nem mais bater, nem xingar o marido acusado, faltava-lhe o fôlego para tal. Jr. olhou para a mão de sua mulher e viu um pequeno sabonete, usado, com um nome de motel desenhado em uma de suas faces, cheio de pentelhos. Ola aqui! Eis a prova de minha acusação. Além de comer outra, aquela vaca safada, assim como você! Ainda traz a lembrança da ordinária pra casa, seu canalha safado. Entre o choro e gritos, agora tinham os soluços para lhe atrapalhar Lud na incriminação do flagra. O que “bem”, um sabonete? Com um ar risonho em seu semblante ele responde. Espera ai “bem” só um minutinho, eu posso te explicar de onde veio isso e... com quem veio. Docinho! A mulher totalmente descontrolada avança em cima do marido, provida de uma lâmina de barbear que o mesmo havia deixado logo depois do ato de se barbear. Jr. recua rapidamente, esquivando-se dos golpes efetuados pelo seu “bem” que grita em auto e bom tom, para os vizinhos e quem quer que seja escutar. Vou te matar safado! Vem cá vem seu canalha! Quero ver você sangrando até a morte seu porco. O marido sem conseguir esboçar nenhuma reação só consegue dizer: “bem” espera ai! Agora você ta indo longe demais, larga isso. Alguém pode se machucar... Fala Jr. ficando assustado, afastando-se e esquivando-se das laminadas que sua mulher tentava lhe cravar. Jr lhe tentava dizer. Esse sabonete e do... Quando de repente, ele tropeça na cama e cai de costa, no tapete chinês, batendo com a cabeça, no criado mudo do quarto. Ludmila aproveita e diz: Ficou tonto?... é safado. Meio que possuída por uma raiva maior que ela dizia: Vou te sangrar agora mesmo seu porco gordo. Desesperado o Jr. tenta dizer que o sabonete e do seu ir... E antes de completar o final da palavra, sua mulher crava-lhe um, dois, três golpes consecutivos em várias partes do corpo. Quando surge do quintal o irmão e Ludmila com a toalha enrolada em seu corpo dizendo: Lud! Que gritaria é essa aqui mana...? Meu Deus! Ludmila o que você fez com o Junior?
Jr. esvaia-se, todo o seu amor, em sangue pelas três fissuras, metricamente, feitas pelos golpes de seu “bem”.
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