Silêncio
As vezes fico calado
E quase sempre parado,
Mas confesso-me desnorteado,
Por de repente ter notado
A falta que me faz teu trinado.
É verdade que nunca tinha achado
Que aquilo que me fora de graça dado,
Pudesse-me ser tão caro ao tirado.
Por isso dessa vez não me faço de rogado,
E te peço se preciso ajoelhado:
Não deixe este marinheiro marejado,
Dá-me abrigo em teu calado.
25/08/06
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