MANHÃ DE OUTONO
Ontem deitei tarde e agitado
E hoje acordei cedo e cansado,
Mas confesso inusitado
Que o dia frio e lindo,
Deixou-me paralisado.
Olhando pra céu tão claro
E ainda com a Lua a prateá-lo,
Não pude mais ficar parado.
Corri e chamei meu filho
Que em pé ainda dormia,
Pra que também visse o sol que se erguia
Lá longe no horizonte,
Sem nenhuma nuvem na frente.
E com ele fiquei por um instante
Com uma alegria incontida,
De poder mostrar-lhe sem medida
As coisas mais belas da vida.
MAIO/2006
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